Um dos analistas contactados pela Agência Financeira disse que os resultados «vêm no seguimento de um ano bastante bom em termos de recuperação do mercado publicitário».
Regista-se agora «uma inversão ou recuperação muito grande, uma melhoria da performance da Impresa, Media Capital e Cofina, esta última com uma subida de 92,1% nos lucros, uma redução do endividamento financeiro, em termos de cash-flow, um aumento das colectas e uma melhoria operacional». Conforme o analista, «será decisivo verificar se o mercado publicitário vai conseguir aguentar o impacto da inexistência de alguns eventos em 2004, como o Euro e o Rock in Rio.»
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Quanto à tendência a curto prazo para a televisão, e olhando para o canal da Media Capital, o mesmo analista acha que «tudo agora depende de como a TVI irá responder à perda da liderança de audiências, especialmente no mercado de prime-time, que gera maiores receitas publicitárias. Nos últimos três meses a TVI conseguiu os direitos do campeonato de futebol e lançou reality-shows, com um peso de audiências bastante significativo». Assim, «prevêem-se novas séries, reality-shows, e a aposta no futebol continua efectiva», e adianta que «provavelmente o novo reality-show não terá o mesmo impacto, mas se tiver poder-se-á dar a inversão».
Pedro Mendes, do BCP Dealer, e mais moderadamente, considera mais correcto «repartir em igual medida o mercado publicitário» na televisão, pois as diferenças actuais são muito pequenas entre os dois canais privados, sendo o curto prazo incerto. No entanto, admite que «é normal que possa ajudar a inverter a tendência, o que seria positivo para a TVI», disse, sem quantificar.
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O mesmo refere que «houve um abrandamento da publicidade no último trimestre, o que era esperado, embora a Media Capital tenha conseguido contrariar, nomeadamente a nível da rádio». Apesar de admitir que houve algum abrandamento do sector em termos operacionais no último trimestre de 2004, o analista considera que «as coisas continuaram a correr razoavelmente bem para todas as empresas.»
Novo canal no cabo é decisivo
As perspectivas de expansão para as duas empresas incluem a intenção de abrirem um novo canal no suporte de cabo. Sobre esta matéria, o primeiro analista refere mesmo que «na Impresa e na Media Capital são estes os projectos mais fortes», enquanto que Pedro Mendes lamenta a indefinição por parte da Media Capital no lançamento de um canal de negócios, pois «seria benéfico e positivo, não tanto em termos de valor económico, mas do ponto de vista estratégico.»
Recorde-se que a Media Capital e a PT mantêm ainda negociações sobre este novo canal no cabo.
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