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Municípios do Algarve querem ver estado de calamidade decretado na região

Os autarcas do Algarve querem ver o estado de calamidade decretado na região, uma das mais afectadas pelos incêndios das últimas semanas.

Só no Algarve terão ardido já, de acordo com estimativas apresentadas pelo próprio Governo, mais de 50 mil hectares de florestas e a Serra do Caldeirão, que ocupa o grosso do território algarvio não costeiro, foi a zona mais devastada.

Já no ano passado, o Algarve foi uma das regiões mais penalizadas pelos incêndios, que estiveram vários dias fora de controlo. Na altura, foi também decretado o estado de calamidade na região do Algarve, nomeadamente no concelho de Monchique, o mais prejudicado, e o Governo prestou algum apoio, em termos de protecção civil às zonas mais penalizadas, nomeadamente em termos de reflorestação e de simplificação dos processos junto do Infadap e do Ministério da Agricultura nos casos de pessoas que tinham perdido animais.

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Este ano, e depois de a região ter sido palco de um dos mais violentos incêndios que já teve lugar este ano, e com oito concelhos afectados, os autarcas vão pedir ao ministro das Cidades, Administração Local e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, um pedido para que o estado de calamidade seja novamente decretado no Algarve.

Os argumentos são muitos, já que milhares de pessoas foram afectados no seu património e, sobretudo, nos seus meios de subsistência. A população do Algarve não costeiro depende largamente dos meios da Serra do Caldeirão em termos económicos, nomeadamente da exploração de cortiça e mel, entre outras actividades. «Além dos hectares de florestas queimados, há duas dezenas de habitações que ficaram completamente destruídas e muitas centenas de animais que morreram», afirmou o presidente da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), Macário Correia, em declarações à Agência Financeira.

«Sobretudo para as pessoas mais idosas, que têm mais dificuldades em refazer as suas vidas, vamos ajudá-las a recuperar, dar-lhes algum apoio, para que possam investir», adiantou.

Além disso, conclui, o Algarve foi afectado também em termos de infra-estruturas, «desde a rede viária, às ligações de telefones, a cabos de electricidade, etc.».

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