A economia portuguesa registou um crescimento nulo, abaixo do previsto no terceiro trimestre deste ano face aos três meses anteriores, com pressão negativa da procura interna, devido sobretudo à queda do investimento, compensada pela procura externa líquida, segundo a estimativa rápida do INE divulgada esta sexta-feira.
O mesmo documento adiantou que, entre Julho e Setembro de 2015, o PIB registou um crescimento homólogo de 1,4%.
Na reação, o PSD já defendeu que a meta do défice (2,7%) "é cumprível", pese embora o abrandamento verificado de um trimestre para o outro. Já o PS mostrou-se preocupado com os dados, advertindo que " põem em causa execução orçamental" e que "tornam ainda mais evidente a absoluta necessidade" de mudar de política.
PUB
Segundo uma análise de seis economistas consultados pela Reuters apontava para uma média do crescimento em cadeia de 0,4% no terceiro trimestre de 2015, com uma expectativa que as exportações líquidas pudessem ter voltado a suportar o crescimento.
Quatro economistas viam o PIB a crescer em média 1,8% face ao período homólogo de 2014.
"Comparativamente com o segundo trimestre, o PIB registou uma taxa de variação nula em termos reais, comparado 0,5% no segundo trimestre)," .
"O contributo da procura interna foi negativo devido principalmente à redução do Investimento, enquanto a procura externa líquida contribuiu positivamente, tendo as Importações de Bens e Serviços diminuído de forma mais intensa que as Exportações de Bens e Serviços".
"A procura externa líquida registou um contributo negativo para a variação homóloga do PIB, porém de magnitude inferior à observada no segundo trimestre".
PUB