O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta as suas estimativas de crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre, para 1,5%, face à anterior previsão de 1,4%.
Comparativamente com o trimestre anterior, o PIB aumentou 0,4% em termos reais, com o contributo positivo da procura interna e negativo da procura externa líquida.
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As Contas Nacionais trimestrais do INE hoje divulgadas estão em linha com o objetivo do Governo de um PIB de 1,6% em 2015.
Há cerca de quinze dias, o INE divulgou uma estimativa rápida das Contas Nacionais do primeiro trimestre de 2015, avançando que o PIB tinha crescido 1,4% em termos homólogos e 0,4% em cadeia.
A previsão é agora corrigida em alta, com o PIB a registar uma variação homóloga de 1,5%, que compara com a taxa de 0,6% observada no trimestre anterior.
A procura externa líquida apresentou um contributo nulo para esta variação, após um contributo negativo de um ponto percentual no trimestre anterior, resultante da aceleração das exportações de bens e serviços e do abrandamento das importações de bens e serviços em volume.
A procura interna desacelerou ligeiramente no primeiro trimestre, passando a ter um contributo de 1,5 pontos percentuais, contra 1,6 pontos percentuais no quarto trimestre de 2014.
A desaceleração da procura interna deveu-se à evolução do investimento, que tinha crescido 3,5% no quarto trimestre e apresentou uma variação nula no trimestre em análise.
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O consumo privado acelerou, com um crescimento homólogo de 2,5% no primeiro trimestre, que compara com 2% no trimestre anterior.
A componente de bens não duradouros e serviços apresentou a variação mais expressiva, passando de 1,1% no quarto trimestre para 1,5% nos primeiros três meses de 2015, enquanto a componente de bens duradouros continuou a registar um crescimento acentuado (14,4% face a 13,2%), refletindo as despesas com a aquisição de automóveis.
O consumo público apresentou uma variação negativa de 0,5%, menos acentuada do que o trimestre anterior (-1%).
As exportações de bens e serviços aceleraram para 6,8%, face aos 4,9% observados no trimestre anterior, enquanto as importações abrandaram, registando um aumento homólogo de 6,6%, que compara com os 7,4% do quarto trimestre.
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