O índice de custo do trabalho em Portugal aumentou 2,8 por cento nos últimos três meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior, revela esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A justificar estes dados, que excluem a Administração Pública, está «um crescimento de 2,6% dos custos médios do trabalho e de um decréscimo de 0,1% do número de horas efectivamente trabalhadas», de acordo com o INE.
PUB
Em termos anuais, o custo do trabalho subiu 3,7%.
Indústrias transformadoras e de construção mais afectadas
A maioria das actividades económicas sofreu uma subida destes custos, com destaque para as indústrias transformadoras, extractivas e a construção, onde o custo do trabalho aumentou mais de 5%.
«Emprego perdido não é recuperável»
Emprego: como manter ou encontrar um novo
Já o sector do tratamento de resíduos e as actividades financeiras e de seguros verificaram diminuição destes custos: caíram 0,9% e 4%, respectivamente, face ao último trimestre de 2008.
Agricultores mais prejudicados
Quem mais sentiu esta subida dos custos foram os agricultores, onde o trabalho ficou mais caro em 7,2%. Também os dirigentes das empresas e profissionais científicos viram os custos do seu trabalho subir em 3,1% e 2,9%, respectivamente. Não houve nenhuma profissão onde estes custos não tenham sofrido um aumento. Quem menos sentiu foram os operários e artífices, onde os custos do trabalho aumentaram 1,5%.
Bom salário, bom emprego... e sem licenciatura
O Algarve foi a zona do país mais afectada, com o índice de custo do trabalho a sofrer um aumento de 3,6%, em termos homólogos. Do lado oposto está a região de Lisboa, com um decréscimo de 1,8%.
PUB