As autoridades indianas fizeram uma descoberta macabra na região de Madhya Pradesh, no centro do país, onde encontraram, desde o início da semana, 737 ossos de bebés e fetos no reservatório de águas residuais de um hospital. O director da instituição e uma outra pessoa foram detidos.
O primeiro capítulo deste caso, que tem colocado o Hospital Misionário de Ratlam no centro das atenções mediáticas, aconteceu no domingo, quando foram identificados ossos de cerca de 400 bebés e fetos, refere a edição electrónica do jornal espanhol El Mundo, que cita a agência Efe.
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O director do hospital foi detido de seguida, assim como uma outra pessoa.
«O feticídio e o infanticídio formam parte da investigação, assim como o aborto ilegal», disse, na altura, o superintendente da polícia local, acrescentando que as buscas iriam continuar.
Ontem, foram encontrados mais 204 ossos, entre eles 73 caveiras fetais. No total, refere o jornal espanhol, foram contados 737.
O ministro de Estado e da Agricultura indiano já visitou o hospital em causa, tal como alguns membros da Comissão de Mulheres do Estado, que suspeitam que a instituição tenha praticado infanticídio.
Na Índia, a lei proíbe que as mulheres grávidas façam exames com a finalidade de saber o sexo da criança, mas, muitos casais, preferem ignorá-la e, alguns destes, optam por abortar, no caso de se tratar de um feto do sexo feminino.
Para tentar evitar situações como esta, o Governo indiano anunciou recentemente que irá instalar berçários, em todos os distritos do país, para receber os recém nascidos que os pais não quiserem criar.
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