O furacão Irma já provocou três mortos no estado norte-americano da Florida, depois de ter deixado um rasto de destruição e de ter provocado cerca de 30 mortos, na passagem pelas Caraíbas.
A polícia de Florida Keys confirmou que um homem morreu quando conduzia uma carrinha de caixa aberta no meio da tempestade.
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A Patrulha Rodoviária da Florida informou, entretanto, que duas pessoas morreram num acidente de carro no condado de Hardee, a sudeste de Tampa, na manhã deste domingo. Embora, nessa altura, o "olho" do furacão ainda não tivesse atingido a região, a chuva já era intensa e as rajadas de vento sopravam com força.
O furacão, que alcançou terra na costa oeste da Florida este domingo, baixou para categoria 2, numa escala de cinco, anunciou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Cerca das 17:00 em Miami (22:00 em Lisboa), o Irma localizava-se a uma dezena de quilómetros a norte da localidade balneária de Naples e dirigia-se para o norte da península a uma velocidade de 22 quilómetros por hora.
A depressão, que deverá manter-se como furacão até segunda-feira de manhã, estava a causar ventos de 175 quilómetros por hora e deverá causar grandes inundações.
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Estes ventos são sentidos num raio de 130 quilómetros do "olho" do furacão, enquanto os ventos geralmente associados a uma tempestade tropical fazem-se sentir num raio de 350 quilómetros, sublinhou o mesmo centro.
Depois de viajar ao longo da costa, a previsão aponta que o Irma se vire mais para o interior do norte e o sudoeste da Geórgia, na tarde de segunda-feira.
A tempestade que, durante a madrugada deste domingo voltou a ganhar força e subiu para categoria 4, perdeu intensidade ao longo da tarde, descendo para categoria 3 e agora para intensidade 2.
As autoridades avançam agora com avisos para os estados de Geórgia, Alabama, Tennessee e para as Carolinas do Sul e Norte.
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Além das ilhas Keys, Miami foi uma das cidades bastante afetadas pelo furacão. A baixa de Miami está ainda completamente inundada: continua a ser impossível transitar pelas avenidas da cidade e a população mantém-se refugiada em abrigos. Várias ruas de Miami Beach, Brickell e Downtown não conseguem drenar a chuva que cai com intensidade desde sexta-feira à tarde, numa cidade que, mesmo assim, respira de alívio por já não estar na trajetória do "olho" do furacão, como inicialmente estimaram os serviços meteorológicos.
Declaração de desastre naturalDe acordo com a agência Reuters, nas últimas horas, o presidente dos Estados Unidos aprovou uma declaração de desastre natural para a Florida.
Donald Trump garante assim ajuda federal para fazer face aos estragos provocados pelo furacão. Residentes e comerciantes podem deste modo garantir apoio temporário até que esteja concluída a reconstrução das estruturas destruídas pela tempestade.
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O furacão, que desencadeou uma das maiores evacuações na história dos Estados Unidos, deverá causar milhões de dólares em prejuízos, no terceiro estado mais populoso do país e que é também uma zona muito procurada pelos turistas.
O Irma é a mais forte tempestade alguma vez gerada no Atlântico e deixou um rasto de destruição nas Caraíbas. Há pelo menos 25 mortos.
Em Cuba, o furacão arrancou telhados de casas e inundou centenas de quilómetros de costa.
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