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11 de Março sem autores morais

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Célula islamita culpada. Mais de 40 mil anos de cadeia para principais acusados. «Egípcio», principal suspeito, foi ilibado, e chorou de alegria. «Qué mierda de justicia es ésta», gritam as vítimas do atentado que matou 191 pessoas e feriu mais de 1800. Oposição quer mais investigação, mas Governo elogia Justiça

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Jamal Zougam, Otman el Gnaoui e Emilio Suárez Trashorras. Estes nomes pertencem aos três homens que se tornaram esta quarta-feira os rostos dos atentados de 11 de Março de 2004, em Madrid (11-M). Os dois primeiros foram condenados a mais de 40 mil anos de cadeia, por «autoria material»; o terceiro, que facilitou o roubo dos explosivos, a quase 35 mil.

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A leitura da sentença revelou a culpa de uma célula islamita, mas deixou o 11-M sem autores intelectuais, com a absolvição dos três principais suspeitos, entre eles «O Egípcio». O envolvimento da ETA no acto terrorista que matou 191 pessoas não ficou provado.

Rabei Osman El Sayed, conhecido como «O Egípcio», era o suspeito principal relativamente à autoria dos atentados. De acordo com o seu advogado, em declarações à agência noticiosa Efe, no momento em que soube através de videoconferência que a Audiência Nacional espanhola o ilibara, rompeu em pranto, no tribunal milanês onde acompanhava o acto judicial, por se encontrar a cumprir uma pena em Itália, por pertencer a uma organização terrorista. A acusação pedia que fosse condenado a 38.962 anos de cadeia, por 191 assassinatos 1841 assassinatos em forma tentada.

Além de El Sayed foram absolvidos ainda os outros dois alegados autores morais do ataque, Hassan el Haski e Yousef Belhadj, que foram apenas condenados por pertença a um grupo terrorista.

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Provado ficou que as dez explosões que atingiram quatro comboios suburbanos madrilenos na manhã de 11 de Março de 2004 foram provocadas por uma célula islamita. Já o alegado envolvimento do grupo terrorista basco ETA foi afastado.

As vítimas e as suas famílias vão receber indemnizações que vão desde os 30 mil a um milhão de euros.

A leitura da sentença iniciou-se às 11:32 locais (menos uma hora em Lisboa), com o presidente do tribunal, Javier Gómez Bermúdez, ladeado pelos juízes Alfonso Guevara e Fernando García Nicolás, a tecer um resumo de 600 páginas dos factos do dia 11 de Março de 2004.

A instrução do processo prolongou-se por três anos, tendo o julgamento durado quatro meses e meio de julgamento.

Os absolvidos

Dos 28 acusados, oito foram absolvidos, de acordo com a edição electrónica do jornal 20 minutos. Além de El Sayed, o tribunal decidiu que não ficou provada a culpa de Antonio Toro, para quem se pedia 23 anos de prisão; de Mohamed Moussaten (6 anos); de Carmen Toro (6 anos); Emilio Llano (5 anos); Brahim Moussaten (4 anos); Iván Granados (4 anos) e Javier González Díaz.

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