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Surto de cólera já matou 28 pessoas em Moçambique

Autoridades de saúde temem que a doença se alastre

Além da época do verão, propícia à ocorrência de doenças, de acordo com a diretora-adjunta de Saúde Pública, a higiene pessoal e coletiva e o deficiente saneamento público são os principais fatores do alastramento da epidemia em Moçambique. Além de terem sido montadas tendas para assistência dos doentes nas regiões mais afetadas, as autoridades moçambicanas estão a levar a cabo campanhas de sensibilização em todo país, com vista a disseminar formas de combate à epidemia em Moçambique.

O Ministério da Saúde moçambicano anunciou um alerta máximo devido ao surto de cólera que já matou 28 pessoas e atingiu mais de 2.400 nas províncias do centro e do norte do país.

«Estamos em alerta máximo e a situação é muito complexa. Só em Tete, em média, as unidades sanitárias atendem 70 a 75 pessoas com cólera por dia», disse à Lusa a diretora-adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe.

Os dados oficiais divulgados indicam 2.477 casos de cólera registados pelas unidades sanitárias das províncias de Tete, a mais afetada pelo surto, com 1.130 casos e 19 óbitos, Niassa e Nampula.

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Embora a taxa de mortalidade da epidemia seja baixa (1%), segundo Benigna Matsinhe, a situação é preocupante e o total de doentes tende a aumentar nas províncias afetadas e ameaça as vizinhas.

«É uma situação que nos preocupa, o território moçambicano é grande e de livre circulação. Tememos que a epidemia se alastre por todo país. E, nesse momento, seria complexo controlar o surto».

«Nas zonas afetadas, nota-se claramente que as questões da água, da higiene pessoal e coletiva constituem um grande problema. Há locais onde as pessoas ainda praticam fecalismo a céu aberto, o que contribui para o alastramento da doença».

O surto de cólera em Moçambique teve como epicentro as províncias do norte e do centro de país, atingidas pelas cheias que fustigam o país desde 12 janeiro, que afetaram mais 177 mil pessoas e causaram mais de 150 mortos.

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