Quase 10% das cerca de 2.000 espécies de abelhas selvagens europeias estão ameaçadas de extinção, de acordo com um estudo hoje divulgado pela Comissão Europeia.
A investigação realizada pelo braço executivo da União Europeia é a primeira a focar-se na população de abelhas selvagens europeias, que é menos conhecida do que a variedade doméstica, mas igualmente importante para a polinização das culturas.
O relatório revela que 9,2% das espécies de abelhas selvagens da Europa estão ameaçadas de extinção, enquanto 5,2% das mesmas são consideradas suscetíveis de entrar para a lista num futuro próximo", revela a comissão.
A avaliação foi publicada como parte da Lista Vermelha Europeia das Abelhas, criada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, e do projeto Estatuto e Tendências dos Polinizadores Europeus.
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Os autores do estudo consideram que este providencia a «melhor compreensão», até ao momento, sobre as 1.965 espécies pesquisadas, mas acrescentam que o conhecimento ainda está incompleto devido a uma «alarmante falta de recursos e competências».
A União Internacional para a Conservação da Natureza sublinhou que a investigação, cofinanciada pela Comissão Europeia, mostra a urgência em investir em pesquisas para deter o declínio das abelhas selvagens, que desempenham «um papel essencial na polinização das culturas».
«Se não abordarmos as razões por detrás deste declínio e não agirmos com urgência para detê-las, podemos pagar um preço muito elevado», disse Karmenu Vellu, comissário europeu para o meio ambiente.
As abelhas estão ameaçadas pela «perda e degradação em grande escala» das espécies e dos seus espaços, sobretudo devido à agricultura intensiva e ao uso de inseticidas e fertilizantes.
«A mudança climática é outro importante fator de risco de extinção para a maioria das espécies de abelhas, particularmente as mamangabas», alertou a Comissão.
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