O Instituto haitiano do Bem-estar social (IBES), responsável pelas adopções de crianças no Haiti, denunciou domingo a existência de tráfico de crianças no país desde o sismo de 12 de Janeiro, escreve a Lusa.
«Soubemos através dos meios de comunicação social que numerosas crianças deixaram o país, mas nenhuma autorização de partida foi emitida pelo Instituto do Bem-estar social», declarou Jeanne-Bernard Pierre, diretora deste organismo do ministério dos Assuntos sociais e do Trabalho.
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Pierre admitiu contudo que centenas de crianças cujos processos estavam finalizados ou em fase de conclusão beneficiaram de vistos para partir dentro da legalidade.
«Tinhamos boas intenções»
Recorde-se que uma dezena de cidadãos norte-americanos, foram detidos em Port-au-Prince após terem tentado, aparentemente sem autorização, retirar do país mais de 30 crianças. A responsável pelo grupo, Laura Silsby defendeu que não faziam mais do que «ajudar as crianças».
«Viemos apenas para ajudar as crianças. Tínhamos boas intenções», declarou Silsby no posto da polícia, onde o grupo está detido desde sábado.
«Queríamos ajudar aqueles que perderam os pais no tremor de terra ou que foram abandonados», acrescentou.
EUA retomam o transporte dos feridos
Os Estados Unidos vão retomar nas próximas horas os voos sanitários que transferem para hospitais norte-americanos os haitianos gravemente feridos no tremor de terra, anunciou a Casa Branca.
«Os voos devem recomeçar nas próximas 12 horas», declarou o porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor.
«Trabalhamos com o governo haitiano e com a comunidade internacional para responder a esta necessidade urgente e salvar vidas», acrescentou o porta-voz, lendo uma declaração.
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