Continua “a todo vapor” a operação de retirada de afegãos e estrangeiros, que se encontravam no Afeganistão, que se precipitou desde domingo, quando as forças talibãs tomaram o poder em Cabul, instaurando o Emirado Islâmico.
O avanço das forças talibãs intensificou-se desde maio, quando começou a retirada das forças dos Estados Unidos. A retirada dos militares norte-americanos foi negociada em fevereiro de 2020, mas vários países europeus começam agora a receber os primeiros aviões.
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O primeiro voo de evacuação da Lufthansa aterrou em Frankfurt, esta quarta-feira, com 130 pessoas a bordo. O avião da companhia aérea alemã viajou de Tachkent, capital do Uzebequistão, onde um avião militar alemão tinha deixado os civis.
São esperados outros voos semelhantes vindos de Tachkent, Doha e outros países vizinhos, nos próximos dias.
França já evacuou embaixada francesaA missão do Exército alemão é clara, retirar o maior número de pessoas enquanto seja possível", disse na terça-feira a ministra alemã da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbaeur.
Durante a noite, a França retirou de Cabul 216 pessoas, entre as quais 184 afegãos, membros "da sociedade civil que precisavam de proteção", indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
A ligação aérea realizou-se entre Abou Dabi e a capital do Afeganistão.
A operação permitiu retirar igualmente 25 cidadãos franceses "e os afegãos que se encontravam na cave da embaixada de França em Cabul", especificou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian.
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A Itália retirou 85 pessoas, sobretudo colaboradores afegãos e familiares e que chegam esta quarta-feira a Roma. Os 85 passageiros embarcaram no aeroporto de Cabul num aparelho que tinha descolado do Kuwait.
Os refugiados vão ser depois transportados de Cabul para o Kuwait e depois para Roma. O governo italiano prevê realizar mais dois voos ainda esta quarta-feira para retirar 150 pessoas.
Reino Unido fala em “operação a todo o vapor”O Reino Unido já retirou cerca de 300 cidadãos do Afeganistão, no entanto, esse número deve ascender aos sete mil cidadãos, entre britânicos e afegãos elegíveis para sair do país, afirmou o coordenador da evacuação, o vice-almirante Sir Ben Key.
Priti Patel, secretária de Estado dos Assuntos Internos, revelou que desde 22 de junho já foram repatriados mais de dois mil afegãos que colaboraram com o exército britânico.
Esta terça-feira, o primeiro-ministro, Boris Johnson, falou com presidente norte-americano para que os dois países trabalhem “em proximidade” para retirar as pessoas de Cabul.
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Os Estados Unidos já retiraram 3.200 pessoas do Afeganistão, incluindo pessoal diplomático norte-americano no país, disse na terça-feira um alto funcionário da Casa Branca.
Os Estados Unidos retomaram na segunda-feira os voos militares no aeroporto de Cabul, que tinham sido interrompidos devido ao caos provocado pela concentração de centenas de afegãos na pista, tentando desesperadamente abandonar o país, após a tomada da capital pelos talibãs.
Só na terça-feira, foram repatriados 1.100 cidadãos norte-americanos e residentes permanentes, bem como as suas famílias, a bordo de 13 aviões militares.
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