O ex-presidente norte-americano George W. Bush «não tinha uma estratégia e estava a viver dia a dia» após os atentados de 11 de Setembro de 2001, quando a Al Qaeda trouxe «a guerra de maneira inesperada» aos Estados Unidos.
Esta é uma das confissões do primeiro relato do antigo presidente sobre o ataque e faz parte do documentário feito pela National Geographic, que estreia esta sexta-feira no Museu dos Bombeiros de Nova Iorque. Cerca de três mil pessoas perderam a vida.
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«O 11 de Setembro mudou a minha presidência. Fui um presidente primeiramente focado em assuntos domésticos e depois um presidente durante uma guerra. Algo que nunca previ, nem algo que alguma vez quis ser», diz Bush na entrevista, que irá para o ar no domingo nos Estados Unidos e a 5 de Setembro em Portugal, no National Geographic Channel.
Morte de Bin Laden
A morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, veio «fechar um capítulo» para o ex-presidente norte-americano George W. Bush, que recebeu «sem grande alegria ou júbilo» a notícia dada pelo seu sucessor Barack Obama. Foi Bush que abriu a «caça» ao líder da organização terrorista.
Bush conta que, na noite de 1 de Maio, estava num restaurante em Dallas, Estado do Texas, a jantar com a mulher, quando foi informado pelos serviços secretos de que iria receber uma chamada da Casa Branca dentro de 20 minutos.
Entrevista de cariz pessoal
George W. Bush foi «muito pessoal» na entrevista sobre o pós-atentado, uma das poucas após o final da sua presidência e dada à National Geographic, afirmou Peter Schnall, produtor do documentário.
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Negociada durante 4 meses, a entrevista de um ex-presidente que tem sido particularmente recatado foi concedida na condição de que não saísse do tópico 11 de Setembro.
«Respondeu a todas as perguntas, e por vezes de maneira que nos surpreendeu», afirmou Schnall, que conduziu as oito horas de entrevistas, distribuídas por dois dias.
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