«Era um programa de intercâmbio [da disciplina] de Espanhol e eles estavam, provavelmente, a regressar da melhor experiência das suas vidas. É trágico, muito triste», ministra da educação do estado alemão North Rhine-Westphalia
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A escola esteve aberta hoje, não para aulas regulares, mas para uma cerimónia em memória das vítimas, para que pais, colegas, amigos e professores, pudessem iniciar o período de luto em conjunto.
«Este é o dia mais negro da história da nossa cidade. Um sentimento de choque pode ser sentido em todo o lado. É o pior que se pode imaginar», disse Bodo Kimpel, presidente da câmara da pequena cidade, ao NY Times.
Esta terça-feira, saíram no comboio das seis da manhã para apanharem o voo das 9:55 (8:55 em Lisboa) rumo a casa. Muitas famílias já estavam no aeroporto quando receberam a trágica notícia: o avião caíra nos Alpes franceses em circunstâncias às quais seria difícil sobreviver.
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Apenas algumas horas depois, as autoridades francesas davam, oficialmente, todos os ocupantes da aeronave como mortos: 150 pessoas, de pelo menos 12 nacionalidades.
Em Haltern am See, os restantes alunos souberam da tragédia apenas após o cancelamento das aulas, ao início da tarde, quando foram dispensados.
Ontem à noite, foi na igreja de St. Sixtus que a população se reuniu para lembrar, em silêncio, os 16 jovens e os dois professores.
«Estamos muito tristes», disse Nadia, uma jovem de 15 anos, que apesar de não conhecer bem as vítimas, fez alusão à sensação de familiaridade que uma pequena cidade deixa acontecer: Não eram estranhos, conhecia todas aquelas caras.
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Já Lara Beer, 14 anos, ainda não acredita que perdeu a sua amiga Paula, a mesma que tinha combinado ir buscar à estação de comboio ontem à tarde, e que lhe ia contar tudo sobre a semana que passou em Barcelona.
Contou, ao El País, que no último dia que esteve com Paula não fizeram nada de especial: «rimos às gargalhadas, como sempre». Falando em frente à escola, Lara diz-se «em choque», ainda sem acreditar na tragédia.
«Estamos todos em choque. Não consigo acreditar que ela simplesmente já não está aqui, que desapareceu. Ontem, os seus pais estiveram em minha casa e não sabiam de nada do que se tinha passado. É horrível».
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