Os confrontos ocorridos na noite de quinta-feira, em Hamburgo, entre polícias e manifestantes antiglobalização, provocaram 36 feridos ligeiros entre os agentes e dois entre os críticos da cimeira dos dirigentes das principais 20 economias mundiais (G-20).
O balanço foi divulgado pela polícia, que adiantou terem sido interpeladas cinco pessoas e que usou gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar a multidão.
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Cerca das 22:30 locais (21:30 de Lisboa) decorriam confrontos em várias partes desta cidade portuária no Norte da Alemanha, ao mesmo tempo que vários milhares de pessoas continuavam a desfilar, com total tranquilidade, sob vigilância apertada da polícia antimotim.
“O Estado policial faz tudo o que pode para nos privar do nosso direito a manifestar”, disse à agência noticiosa AFP um participante nas manifestações, Georg Ismail.
“As guerras, as alterações climáticas e a exploração são o resultado do sistema capitalista, representado pelo G-20”, acusou.
Estes confrontos também refletem as tensões anunciadas para a cimeira, com numerosos temas polémicos presentes nas discussões que vão contar com, entre outros, o presidente norte-americano, Donald Trump. Em causa, vão estar sobretudo temas ligados ao clima e ao comércio internacional.
“Não vamos esconder as diferenças, mas, pelo contrário, designá-las, porque há claramente divergências de opinião sobre algumas questões essenciais”, afirmou na quinta-feira a anfitriã da cimeira, a chanceler alemã, Angela Merkel.
Esta sexta-feira, depois de almoço, Trump deve encontrar-se pela primeira vez com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, à margem da reunião.
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