A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, confirmou hoje que não se recandidatará à presidência do seu partido, em dezembro, e também que este é o seu último mandato como chefe de Governo.
Hoje, é tempo de abrir um novo capítulo. Este é o meu último mandato como chanceler”, disse a chanceler alemã, atual líder da União Democrata Cristã (CDU), após meses de crises governamentais e na sequência de um revés nas eleições regionais realizadas no domingo em Hesse.
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Merkel adiantou ainda que não pretende dar indicações ou intervir na decisão sobre o seu sucessor à frente do partido.
Um responsável da da União Democrata Cristã (CDU), tinha declarado esta segunda-feira de manhã, à agência de notícias francesa AFP, que Merkel renunciou concorrer à reeleição como presidente do partido.
Ela não voltará a apresentar-se à presidência do partido”, disse a fonte, sob anonimato, confirmando uma informação que foi publicada na revista Der Spiegel e no jornal Handelsblatt.
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, Angela Merkel anunciou hoje a sua decisão diante da direção do partido, um dia depois das eleições regionais em Hesse, onde os partidos da grande coligação sofreram grandes perdas.
A eleição de domingo no estado central de Hesse viu tanto a conservadora União Democrata Cristã, de Merkel, quanto os social-democratas de centro-esquerda perderem terreno, enquanto houve ganhos para os Verdes e para a alternativa de extrema-direita para a Alemanha.
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A CDU de Merkel acabou por conseguir salvar a maioria da sua coligação de governo regional com os Verdes.
Hoje, a atenção está voltada para o futuro da "grande coligação" nacional de Merkel, dos maiores partidos tradicionais da Alemanha e da própria chanceler.
A líder dos social-democratas, Andrea Nahles, exigiu no domingo um "cronograma claro e vinculativo" para a concretização de projetos do governo antes que a coligação enfrente a revisão intermédia já acordada para o próximo outono.
A CDU de Merkel conseguiu 27% dos votos no domingo e os social-democratas 19,8 %.
Na última eleição em Hesse, em 2013, no mesmo dia que Merkel, no auge de seu poder, ganhou um terceiro mandato como chanceler, os resultados foram 38,3 e 30,7%, respetivamente.
Foi o pior resultado na região para os social-democratas desde a Segunda Guerra Mundial.
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