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Caça de macacos ameaça várias espécies

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Só na Amazónia brasileira são consumidos 5,4 milhões por ano

A caça de primatas para consumo humano está a deixar várias espécies em risco de extinção na América Central e do Sul, avisa um relatório hoje divulgado por organizações de defesa dos animais, citado pela Lusa.

A associação britânica Care for the Wild International e a alemã Pró Wildlife alertaram hoje, no início da época de caça, para os graves perigos que ameaçam os primatas da América Latina.

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Só as populações rurais da Amazónia brasileira consomem 5,4 milhões de macacos por ano.

Mas os números para a América Central e América do Sul são muito superiores.

Estes animais, que se reproduzem lentamente e apresentam baixa densidade populacional, estão a ter dificuldades em resistir às caçadas intensas.

«Enquanto os efeitos devastadores do comércio de carne de animais selvagens em África têm sido denunciados na comunicação social, a caça descontrolada de primatas na América tem sido ignorada», afirmou a directora executiva da Care for the Wild, Barbara Maas.

O comércio de carne de animais selvagens ameaça primatas de pelo menos 16 dos 22 países analisados no relatório.

Grandes espécies como o macaco-aranha, o macaco-barrigudo, o macaco-bugio e o macaco-capuchinho desapareceram já de várias regiões.

Os métodos de caça tradicionais estão a ser progressivamente substituídos por armas modernas.

Além da proliferação de armas modernas, o uso de outros equipamentos, como barcos a motor, carrinhas, lanternas e baterias aumentam a eficiência da caça, favorecendo a caça comercial em detrimento da de subsistência.

O relatório ilustra até que ponto uma forma de vida tradicional se pode tornar devastadora para os ecossistemas.

Em vários locais da Amazónia a presença de grandes primatas caiu cerca de 93,5 por cento, o que os cientistas consideram ser «fatal» não só para os animais, mas também para os ecossistemas florestais.

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