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MPLA diz que resultados permitem garantir estabilidade

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MPLA ganhou as eleições angolanas por larga maioria

Os resultados das eleições gerais de sexta-feira em Angola «servem os objetivos» do MPLA e garantem a estabilidade de Angola, disse à agência Lusa o porta-voz do partido maioritário.

Rui Falcão referia-se aos resultados provisórios divulgados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que voltam, tal como nas legislativas de 2008, a dar o primeiro lugar ao partido no poder, quando estão contados mais de dois terços dos votos.

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«A nossa meta é obter um resultado que nos permita garantir a estabilidade e assegurar o crescimento e desenvolvimento» de Angola, acrescentou Rui Falcão.

O MPLA obteve 81 por cento nas legislativas de 2008, e neste escrutínio, os dados disponíveis, às 17:30 de sábado, atribuem-lhe cerca de 75 por cento.

Instado a comentar os resultados da UNITA e da novidade neste escrutínio protagonizada pela Coligação Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), o porta-voz do MPLA respondeu que se trata de um «problema interno» daquelas duas formações partidárias.

Segundo os dados provisórios disponibilizados pela CNE, a UNITA deverá repetir o segundo lugar de há quatro anos, enquanto a CASA-CE, liderada por Abel Chivukuvuku, dissidente da UNITA e antigo delfim de Jonas Savimbi, apesar das expectativas que chegou a alimentar de ultrapassar o partido do «Galo Negro», quedar-se pelo terceiro lugar.

«Não há atores novos nestas eleições. Há é um novo ator coletivo. A CASA-CE é constituída por militantes expulsos de outros partidos ou provenientes de outras formações entretanto extintas», considerou Rui Falcão.

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Quando estão contados mais de dois terços dos votos, os dados da CNE atribuem menos de cinco por cento à coligação de Chivukuvuku.

«É uma manta de retalhos. Desempenhou nestas eleições o mesmo papel que o do PRS (Partido de Renovação Social) nas eleições de 1992», acrescentou.

Quanto à UNITA, que poderá aumentar dos 10 por cento alcançados em 2008 para 17 por cento, Rui Falcão disse que até prefere que o líder deste partido continue em funções.

«O que eu quero mesmo é que Isaías Samakuva continue líder da UNITA por muito mais tempo», rematou.

Nova coligação admite contestar resultados

Por sua vez, a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), a nova coligação de Abel Chivukuvuku, reserva-se ao direito de não reconhecer resultados das eleições gerais em Angola em postos de votação onde não teve delegados.

Numa declaração à imprensa,sem direito a perguntas, Abel Chivukuvuku disse que, «por má fé ou de forma propositada», não foi permitido à sua coligação ter delegados de lista em todas as assembleias eleitorais do país, embora tivesse «capacidade humana» para isso.

A CASA-CE, que segue com menos de cinco por cento de votos na terceira posição, a larga distância do MPLA e também da UNITA, nos resultados provisórios hoje conhecidos, quando estão contados mais de dois terços dos votos, diz que vai conferir os dados oficiais com a suas atas, «especialmente em Luanda», e «em tempo útil» fará uma declaração final.

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