Alguns de cerca de 1 800 glaciares suíços podem derreter totalmente até 2050 devido ao aquecimento climático que afecta os Alpes, afirmou esta sexta-feira um investigador helvético, citado pela Lusa.
«Entre 1 850 e 2 000 os glaciares recuaram em cerca de 50 por cento, sendo que 15 por cento foi nos últimos 15 anos. A este ritmo, podemos esperar que alguns de entre eles tenham simplesmente desaparecido em 2050», adverte o professor Wilfried Haeberli, do Departamento de Geografia e de Glaciologia de Universidade de Berna.
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Os investigadores contam com um aumento das temperaturas de dois a cinco graus nos próximos cem anos, o que terá um impacto catastrófico ao nível da altura da neve.
Como tal, reclamam medidas rápidas para que se reduzam as emissões de gases com efeito de estuda que são responsáveis pelo aquecimento.
«É necessário tomar consciência da gravidade da situação (. . .) se as medidas forem tomadas rapidamente, podemos salvar uma parte dos glaciares», declarou Haeberli em conferência de imprensa.
Entre os numerosos glaciares de todos os tamanhos, a Suiça conta com o glaciar de Altesch, o maior da Europa com 23 quilómetros de comprimento. Esta montanha de gelo recuou 66 metros unicamente durante o ano de 2005, segundo indica um estudo publicado há cerca de um ano.
Segundo um estudo da Universidade de Zurique de 2004 o degelo dos glaciares acelerou muito em trinta anos. Em relação ao período 1850-1973, o ritmo de degelo triplicou entre 1973 e 2000 e septuplicou entre 1985 e 2000.
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