O jornalista mexicano René Orta Salgado foi encontrado morto, na parte detrás do seu carro, em Morelos, no México, apenas com um lenço a cobrir-lhe o rosto. O Procurador Geral do Estado de Morelos ainda está a apurar as causas da morte, no entanto, o corpo não apresentava ferimentos de bala.
Maio está a ser considerado um mês trágico para a imprensa mexicana, uma vez que já morreram cinco jornalistas num espaço de 15 dias.
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De acordo com o site do jornal «El País», os constantes assassínios, durante o mês de maio, têm posto em causa a liberdade de imprensa no México. Por esse motivo, o jornal «El Mañana», de Nuevo Laredo, cuja a sede foi alvo de um tiroteio no fim de semana, anunciou a não publicação de «qualquer informação que se dirija aos confrontos violentos que se têm sentido nesta cidade e noutras regiões do país».
No mesmo editorial pode ler-se que «o Conselho Editorial de Administração da empresa chegou a esta decisão lamentável, devido às circunstâncias que são do conhecimento de todos, e por falta de condições para o livre exercício do jornalismo».
Orta Salgado, ex-repórter do «El Sol» de Cuernavaca, tinha deixado a sua carreira em dezembro, para se dedicar à política, nomeadamente para apoiar o candidato presidencial do Partido Revolucionário Institucional, Enrique Peña Nieto.
O México é considerado um dos países mais perigosos para os jornalistas, que são, muitas vezes, vítimas colaterais de guerra entre os traficantes de droga e do crime organizado. As denúncias de tráfico e de crimes acabam quase sempre em ameaças e mesmo em mortes.
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