A justiça espanhola condenou esta sexta-feira José Luis Galán González, conhecido como Yusuf Galán, a oito anos de prisão, por ligações ao Daesh e por promover da "jihad virtual".
Galán foi o único espanhol condenado pelos atentados do 11 de Setembro de 2001, que vitimaram quase três mil pessoas em Nova Iorque, ataque perpetrado pela Al-Qaeda.
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Agora com 54 anos, o espanhol foi condenado a mais oito anos de prisão, depois de ter sido libertado em 2011. O Ministério Público espanhol pedia 13 anos de cadeia pela participação em organização terrorista e pelo incitamento à prática do terrorismo.
A investigação partiu de uma análise às redes sociais de Galán, com a polícia a alertar para o perigo dos conteúdos partilhados pelo espanhol. Nas redes sociais, o condenado surgia com várias imagens de armas brancas. O tribunal teve ainda acesso a chamadas telefónicas em que Galán se diz talibã.
O tribunal penal deu como provada a adesão de Galán ao Daesh, não tendo conseguido provar que fosse um militante, pelo que foi absolvido da acusação de integrar uma célula terrorista.
Ocho años de cárcel para Yusuf Galán, único español condenado por el 11S https://t.co/rK960otCYA
— EFE Noticias (@EFEnoticias) May 10, 2019
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Galán, que é muçulmano desde 1991, estava em prisão preventiva desde 2017, vendo agora confirmada uma pena de prisão efetiva.
Na altura da sua primeira condenação, o espanhol afirmou que só o condenavam “por ser muçulmano”.
Galán foi detido em 2001 e condenado a nove anos e meio de prisão, tendo saído em 2011. No julgamento, que deu o espanhol como culpado de pertencer a um grupo terrorista e por posse de arma ilegal, foram condenados mais 17 arguidos, incluindo Abu Dahdah, líder da cédula espanhola da Al-Qaeda e que foi condenado a 27 anos de cadeia. O julgamento desta célula foi dirigido pelo mediático Baltasar Garzón, na chamada Operação Dátil.
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