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Homem detido por desaparecimento de menina há 50 anos

Suspeito foi detido pela polícia australiana. Desaparecimento de menina de três anos, acontecido em 1970, permanecia um mistério

A polícia australiana deteve um suspeito relacionado com o misterioso desaparecimento de uma bebé de uma praia há quase meio século, acusando-o da morte da menina de três anos.

O homem, na casa dos 60 anos, foi detido na quarta-feira no âmbito do caso do desaparecimento, em 1970, de Cheryl Grimmer, explicou o inspetor da polícia de Nova Gales do Sul, Brad Ainsworth, aos jornalistas.

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Não vou entrar nos pormenores dos atos em específico, mas posso dizer que são bastante horríveis e que vão ser revelados em tribunal”, afirmou.

O suspeito já havia sido interrogado pela polícia, no ano do desaparecimento, quando teria 16 anos. Nada se apurou então.

Em 2016, o caso foi reaberto, por três oficiais da polícia australiana, após surgirem relatos de três testemunhas que viram “alguém” a rondar a zona onde a criança desapareceu, conta a BBC. O suspeito do sequestro foi, agora, detido para novo interrogatório em Melbourne, na Austrália.

O dia fatídico:

No dia 12 de janeiro de 1970, Cheryl encontrava-se com a mãe, Carole, o pai e os três irmãos - Ricky, Stephen e Paul - na praia de Wollongong (Novo Gales do Sul), quando uma forte tempestade atingiu o local. 

Carole pediu aos filhos que se fossem arranjar nos balneários da praia. É nessa altura, durante os breve instantes que estão sozinhos, que o alegado sequestro terá acontecido. Acredita-se que a menina foi levada enquanto estava dentro do balneário feminino.

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Três dias depois, foi enviado um pedido de resgate aos pais da criança, no valor de 10 mil euros. A família ainda se dirigiu ao local onde tinha de deixar o dinheiro, com a polícia, mas o "raptor" nunca apareceu e, por isso, o dinheiro não foi entregue. 

Ela desapareceu num espaço de um ou dois minutos”, disse à BBC, o irmão Ricky.

Stephen Grimmer (um dos irmãos de Cheryl), com 52 anos, recorda que os pais morreram, angustiados, por nunca se ter descoberto o que realmente aconteceu naquela praia. O destino da menina ainda é desconhecido, já que também nunca foi encontrado nenhum corpo.

Apesar de a tragédia ter acontecido há 50 anos, os irmãos - Stephen, Ricky e Paul - continuam a viver com um sentimento de culpa pelo que aconteceu à irmã.

Toda a gente diz que a culpa não foi minha, mas ponha-se no meu lugar ”, referiu Ricky Grimmer numa declaração aos media.

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"Chamamos a isto um avanço na investigação. Algo que ficou perdido ao longo dos anos”, explicou o polícia Damian Loone ao The Telegraph.

A mãe morreu há três anos e pediu aos filhos, através de um testamento, que não desistissem de procurar resposta para o desaparecimento da irmã.

A polícia australiana acredita que a menina terá sido assassinada e que, provavelmente, nunca vão encontrar o corpo.

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