Já fez LIKE no TVI Notícias?

Obama fecha Guantanamo

Relacionados

Primeira entrevista do novo presidente eleito dos EUA confirma as prioridades da sua adminstração: encerramento de Guantanano, tropas fora do Iraque, saneamento da crise no sector automóvel e relançamento da economia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou domingo a sua vontade de fechar o centro de detenção de Guantanamo Bay (Cuba), numa entrevista difundida domingo à noite pela cadeia de televisão norte-americana CBS.

«Disse várias vezes que queria fechar Guantanamo, e vou fazê-lo», afirmou Obama, citado pela agência Lusa, durante a sua primeira entrevista televisiva desde a sua eleição a 4 de Novembro.

PUB

Aberto desde o início de 2002, numa base naval norte-americana situada no sudeste da Cuba, o centro de detenção retém actualmente 255 dos cerca de 800 prisioneiros que já por lá passaram.

«Está em estudo, quando tivermos algo a dizer, vamos dizê-lo», afirmou, acrescentando: «Já disse várias vezes que a América não tortura. Vou assegurar-me de que não torturamos».

Tropas fora do Iraque

Barack Obama confirmou também a vontade de organizar uma retirada das tropas norte-americanas do Iraque após a sua chegada à Casa Branca, a 20 de Janeiro.

«Disse durante a campanha, e mantenho essa posição, logo que assumir as minhas funções, chamarei o Estado-maior e os responsáveis da segurança nacional, e lançaremos um plano de retirada das nossas tropas», afirmou.

Numa altura em que a situação no Iraque melhorou visivelmente durante o último ano, Obama, que se manifestou contra a invasão do país em 2003, quer retirar o essencial das tropas norte-americanas num prazo de 16 meses, até ao Verão de 2010, mantendo apenas no terreno forças encarregues da luta antiterrorista. Um acordo com o governo iraquiano e a administração de Bush apontavam essa retirada para 2011.

PUB

A atenção de Obama deverá concentrar-se na captura de Bin Laden. «Penso que capturar ou matar Ussama ben Laden é um aspecto crucial da supressão de Al-Qaida. Não é simplesmente um símbolo, é também o chefe operacional de uma organização que planeia ataques contra interesses norte-americanos», sublinhou.

Défice negativo não deve ser preocupação

Segundo o presidente eleito, a crise financeira suscitou um consenso entre os economistas de esquerda e de direita. «Este consenso consiste em dizer que devemos tomar todas as medidas necessárias para relançar a economia e que vai ser necessário gastar dinheiro para estimular a economia», afirmou.

«Não devemos preocupar-nos com o défice deste ano nem mesmo do próximo. A curto prazo, o mais importante é evitar um agravamento da recessão».

Quinta-feira, a OCDE previu para 2009 um retrocesso do produto interno bruto (PIB) de 0,9 por cento nos Estados Unidos, depois de um crescimento de 1,4 por cento em 2008. No entanto, a economia norte-americana deverá começar a recuperar em 2010 com um crescimento de 1,6 por cento.

PUB

A propósito das causas da crise financeira, Obama qualificou como «prioridade número um» o reforço da regulação do sector. «Penso que é necessário restabelecer um sentimento de confiança, de transparência e de abertura no nosso sistema financeiro», disse Obama, nesta entrevista difundida após a cimeira dos países desenvolvidos e emergentes em Washington para lutar contra a crise financeira.

Fazendo eco do presidente cessante, George W. Bush, o novo chefe de Estado considerou que «a resposta não se encontra numa regulamentação pesado que esmague o espírito empreendedor e o gosto pelo risco do capitalismo norte-americano».

Sector automóvel é muito importante

Barack Obama pronunciou-se a favor de um plano de salvamento para o sector automóvel, considerando que, na falta de crédito, um depósito de balanço será fatal para a General Motors (GM).

Questionado sobre a situação da GM, que advertiu que corre o risco de atingir falta de liquidez no próximno ano, Obama considerou que «a concessão (de crédito) pode ser totalmente fechada».

«Uma falência da indústria automóvel seria uma catástrofe, não somente para as famílias (dos funcionários)».

PUB

Relacionados

Últimas