Já fez LIKE no TVI Notícias?

Substâncias tóxicas encontradas na sua roupa estão num nível legal, diz empresa

Relacionados

Puma assegura que substâncias tóxicas encontradas na sua roupa estão num nível legal

A Puma disse esta terça-feira ter enviado para teste roupa que a Greenpeace garantiu ter químicos tóxicos e admitiu que algumas concentrações ultrapassam o limite permitido pela empresa, mas assegurou cumprir as normas europeias e rejeitou danos à saúde humana.

Vestígios de substâncias nocivas «foram encontrados em concentrações que estão em linha com a regulação da União Europeia para esses químicos e, por isso, não causam nenhum dano à saúde humana», disse à Lusa o porta-voz da Puma Internacional, Kerstin Neuber.

PUB

A marca internacional de roupa desportiva foi uma das várias que a organização ambiental Greenpeace escolheu para analisar a fim de verificar a existência de substâncias nocivas em peças de roupa da linha infantil.

Segundo um relatório divulgado esta terça-feira, foram encontrados produtos tóxicos nocivos à saúde em roupa infantil de várias marcas internacionais vendidas em 25 países, como a Puma, mas também a Adidas, a Burberry, a Disney, a Primark ou a Nike.

A organização analisou 82 peças para crianças, desde camisas a sapatos e fatos de banho, de um conjunto de marcas que também incluiu a H&M, a American Apparel, a GAP, a Uniglo ou a Li-Ning.

De acordo com as análises, a maioria das peças continha químicos que causam perturbações hormonais ou afetam o processo reprodutivo.

Apesar de os níveis de substâncias encontrados serem considerados legais pela Puma, a marca «iniciou de imediato testes abrangentes dos produtos em questão através de um laboratório independente, já que algumas das concentrações de substâncias como o antimónio, NPE (nolilfenol), ftalatos e compostos organoestânicos que foram encontradas excediam as normas da própria empresa», explicou Kerstin Neuber.

PUB

O porta-voz do grupo desportivo lembrou que a Puma desenvolveu e publicou, «há alguns anos», uma «lista de restrições de substâncias que contém os princípios e os métodos de teste que asseguram que as concentrações das substâncias na lista estejam constantemente a ser verificadas e que os limites são cumpridos».

Além disso, acrescentou, a Puma segue uma outra lista de regras para a manipulação de produtos químicos na produção manual de artigos da empresa.

«Ao realizar auditorias regulares ao processo de produção, a equipa de segurança da Puma, que é composta por 13 especialistas da Alemanha, Turquia, Filipinas, Índia e China, monitoriza os seus fornecedores em todo o mundo e garante o cumprimento de padrões sociais e ambientais», afirmou Kerstin Neuber.

«Em 2011, a Puma comprometeu-se a eliminar completamente os produtos químicos perigosos do seu processo de fabrico até ao ano 2020», concluiu.

Os produtos analisados pela Greenpeace foram adquiridos entre maio e junho do ano passado em lojas oficiais das marcas situadas em países como a Espanha, a Itália, os Estados Unidos, a Colômbia, o México e a Argentina e foram fabricados em 12 estados.

A organização verificou que um terço da produção proveio da China, país que a Greenpeace defende dever ser o primeiro a ver a sua exportação bloqueada.

PUB

Relacionados

Últimas