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«Bin Laden» e «Barack Obama» disputam eleições no Brasil

Candidatos às legislativas de outubro aproveitam margem de manobra estipulada na lei e adotam nomes de urna inusitados

«Versões brasileiras» do Presidente dos EUA Barack Obama e do terrorista Osama Bin Laden, capturado e morto numa operação militar em maio de 2011, vão disputar o cargo de deputado federal em diferentes Estados do país, nas eleições legislativas de 5 de outubro. Como no Brasil os candidatos têm relativa liberdade para escolher os nomes com que vão aparecer nas urnas, vários optam por nomes pouco «ortodoxos».

No Rio de Janeiro, por exemplo, Cláudio Henrique dos Anjos, do Partido Trabalhista, é o candidato Barack Obama Cláudio Henrique. Empresário, de cor negra como o presidente norte-americano, Cláudio Henrique dos Anjos já foi candidato autárquico e já tinha disputado o cargo de deputado federal pelo mesmo Estado, em 2008 e 2010, respetivamente.

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O site Terra Brasil refere que o Ministério Público Eleitoral do Brasil contestou o pedido de Cláudio dos Anjos para que o nome Barack Obama Cláudio Henrique aparecesse nas urnas. Mas na segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro entendeu que não há dúvidas quanto à identidade do candidato e que o nome de urna não atenta contra o pudor, nem é ridículo ou irrelevante. Na terça-feira, Barack Obama Cláudio Henrique apresentou por isso a candidatura oficial às eleições, com o slogan de campanha: «Vote em Barack Obama!».

«Pijama» e «O Nojento» também concorrem

As leis eleitorais no Brasil dão aos candidatos margem de manobra para escolher o nome que querem adotar em campanhas. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro informa que, de acordo com uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral, o nome indicado para a ida às urnas tem que ter no máximo 30 carateres e pode ser o nome próprio, apelido, cognome, nome abreviado ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido, desde que não estabeleça dúvida quanto à identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente.

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O presidente Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro afirmou na sessão que as eleições são uma «festa popular» e, como tal, cabe ao eleitor escolher nas urnas por quem quer ser representado. O desembargador Bernardo Garcez autorizou o registo de outros candidatos que escolheram nomes inusitados.

«Pijama», «O Nojento», «Chupa Cabra» e «Dibruço» foram alguns dos nomes estranhos escolhidos por políticos do Rio de Janeiro que desejam ser candidatos a deputado federal.

Outro Obama e dois Bin Laden

A opção por nomes pouco ortodoxos para se apresentarem nas urnas não é exclusiva dos candidatos do círculo eleitoral do Rio de Janeiro. Só em São Paulo há outro Obama e dois Bin Laden para o cargo de deputado federal.

Manoel dos Santos Silva Irmão escolheu o nome do ex-líder da Al-Qaeda para aparecer nas urnas, além de uma foto que exibe a barba densa, semelhante à usada pelo terrorista saudita. O candidato é natural de João Alfredo, em Pernambuco, e faz parte do Partido Ecológico Nacional.

Ainda no Estado paulista, Cosme Antonio Euzébio da Silva (PMDB) exibe semelhança física com o presidente norte-americano e tem como nome de urna Cosme Barack Obama.

Subindo até ao Estado do Amazonas, Manoel Nunes de Assis (PTN) e a barba grisalha disputam o cargo de deputado federal, com o nome de Osama Bin Laden. Natural de Açudina, na Bahia, Manoel Nunes de Assis candidatou-se ao mesmo posto em 2010, mas na época optou por chamar-se Baiano Poeta Manoel Assis.

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