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Relvado do Maracanã virou piscina

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São já 104 os mortos provocados pelas enchentes desta terça-feira no Rio de Janeiro

O relvado do mítico estádio do Maracanã ficou submerso, transformando-se numa gigantesca piscina de água lamacenta, depois das chuvadas desta terça-feira no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Os vestiários ficaram inundados. Os estragos tornam improvável o jogo do grupo 8 da Taça dos Libertadores, marcado para esta quarta-feira à noite, entre o clube local do Flamengo e o Universidade do Chile.

O Maracanã, que acolhia no início cerca de 200 mil espectadores, mas sofreu uma redução de capacidade na década de 1990, estava sob um processo de renovação devido ao Mundial de 2016, que se disputa no Brasil. Foi construído para o Mundial de Futebol de 1950 e é considerado um dos maiores do mundo.

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Número de mortos continua a aumentar

Mas os maiores estragos provocados pelas chuvas torrenciais desta terça-feira não foram os do Maracanã. Os maiores lamentos vão para o número de vítimas que as enxurradas provocaram um pouco por todo o Estado do Rio de Janeiro.

A prefeitura de Niterói, cidade da zona metropolitana da capital carioca, confirmou a morte de mais quatro pessoas, elevando para 53 o total de mortes no município e para 104 em todo o Estado.

Há ainda mortos fora da contabilidade oficial Defesa Civil Estadual, avança o jornal «Folha de São Paulo». Na região de São Gonçalo, os bombeiros de São Gonçalo encontraram dois mortos, que estão nessas condições.

Além dos mortos, há pelo menos 47 pessoas desaparecidas. O número pode ainda ser mais elevado, uma vez que há problemas de comunicações em algumas cidades. Outra das preocupações prende-se com os desalojados. Só na cidade do Rio de Janeiro, há 2 134 pessoas sem casa.

Apelo para se ficar em casa

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A chuva continua a cair, embora com menor intensidade, e os cariocas enfrentam muitos problemas práticos por causa das cheias. O trânsito é um deles. De acordo com o jornal «Globo», o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pediu para os moradores da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, não saírem de casa. «Quem puder deve adiar reuniões, compromissos e usar a carona solidária para diminuir o número de carros nas ruas», declarou Paes aos jornalistas.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai reunir-se, esta quarta-feira, com os prefeitos dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, as zonas mais afectadas, para avaliar os estragos. A reunião conta com a presença do ministro da Integração Nacional, João Santana.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já enviou uma mensagem de condolências ao presidente do Brasil, Lula da Silva. Na mensagem, citada pela Lusa, José Manuel Durão Barroso diz que «foi com imensa tristeza» que tomou conhecimento dos «trágicos efeitos das inundações que se abateram sobre o Estado do Rio de Janeiro» e transmite, em seu nome e da Comissão, os sentimentos de «profundo pesar e solidariedade». «Nesta hora de sofrimento o nosso pensamento está muito em particular com as famílias enlutadas, a quem pedimos que Vossa Excelência se digne transmitir as nossas mais sinceras condolências», escreve ainda Durão Barroso.

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