O Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha, afirmou esta quarta-feira ter aceitado um pedido de impugnação do mandato de Dilma Rousseff, protocolado na Casa Legislativa em 14 de outubro por juristas.
O pedido de "impeachment" sustenta que o Governo cometeu irregularidades fiscais no atual mandato, iniciado em janeiro deste ano, ao contrário de solicitações anteriores, que não foram acolhidas por levarem em conta somente questões relacionadas com a Presidência anterior, terminada em 2014.
O pedido de impugnação ainda será analisado por uma comissão da Câmara que reúne deputados e, caso a decisão aprove o requerimento, o pedido passa para votação no plenário, sendo necessária uma aprovação de dois terços (342 deputados) para o processo seguir em frente.
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O passo seguinte é a suspensão do Presidente do cargo e o julgamento no plenário do Senado, se houver crime de responsabilidade, ou no Supremo Tribunal Federal, se for crime comum.
Caso o Presidente perca o mandato, quem assume o cargo é o vice-Presidente, Michel Temer, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), formação política que integra a coligação governamental liderada por Rousseff e a que pertence também Eduardo Cunha.
Dilma diz que razões são “inconsistentes e improcedentes”Líder da oposição no Brasil pede prudência"Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro, não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público bens pessoais".
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"O que existe neste momento é um sentimento entre todos nós de prudência para que este processo possa ter o seu trâmite adequado e que a própria Presidente da República possa ter a oportunidade de apresentar as suas justificativas", disse Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em declarações à imprensa, em Brasília.
Aécio Neves acrescentou que a aceitação do pedido é o início de um "novo momento no Brasil, da retomada da confiança, dos investimentos, do crescimento e do emprego", citado pela imprensa brasileira.
"Isso terá de ser feito sem o atual Governo".
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