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França: sexto incidente nuclear num mês

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Nuclear fornece 80 por cento da electricidade consumida no país

A central nuclear francesa de Tricastin, no Sul do país, registou esta quarta-feira o sexto incidente num mês, ao verificarem-se fortes fugas de carbono 14 gasoso, revelou a autoridade de segurança nuclear (ASN), noticia a agência Lusa.

O incidente foi classificado com o grau 1 da Escala Ines (com oito níveis) para acidentes nucleares e a Autoridade de Segurança Nuclear decidiu proibir à Socatri, até ao fim do ano, toda a actividade que possa levar a fugas de Carbono 14.

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«Segundo as primeiras estimativas, o impacto desta fuga no ambiente e população foi considerado muito fraco, da ordem de alguns microssievertes, isto é, menos algumas milésimas da dose anual autorizada para o público», adiantou a Autoridade de Segurança Nuclear.

O «sievert» é a unidade que mede a dose de radiação absorvida pela matéria viva.

A Socatri, filial da Areva, «número um» a nível mundial do nuclear civil, já constatara a 4 de Julho, que em Junho se tinha ultrapassado o limite de saída de carbono 14 gasoso, situação que se continuou a verificiar mesmo depois da paragem de actividade naquele ateliê.

Na noite de 7 para 8 de Julho, também em Tricastin, registou-se uma fuga de 74 quilos de efluentes de urânio que terão «contaminado ligeiramente» uma centena de trabalhadores.

Alguns dias depois, uma outra fuga de líquidos radioactivos numa fábrica de combustíveis em Romans-sur-Isère (Drôme) foi também classificada no nível 1.

A 18 de Julho, 15 funcionários foram contaminados «muito ligeiramente» por elementos radioactivos, num estaleiro de manutenção de uma unidade de produção da central nuclear de Saint-Alban/Saint-Maurice (sudeste), sem que o incidente tenha sido classificado pela ASN.

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Cinco dias depois, registou-se outro incidente na central de Tricastin que contaminou «sem gravidade» outros cem trabalhadores da central, que tem quatro reactores de 900 megawatts.

Várias centenas de incidentes e acidentes classificados «zero» são assinalados todos os anos em França, onde o nuclear fornece 80 por cento da electricidade consumida.

A França possui a segunda rede no mundo de reactores nucleares - 58, depois dos Estados Unidos.

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