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Equador expulsa embaixador colombiano

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Enquanto Governo da Colômbia acusa Equador de «ajudar» as FARC

Artigo actualizado às 07h52

O presidente do Equador deu ordem imediata de expulsão do embaixador da Colômbia em Quito e mobilizou tropas para a fronteira em resposta à ofensiva colombiana, escreve a Lusa.

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«O território equatoriano foi violado e bombardeado por um ataque aéreo e mais tarde por uma incursão das tropas [colombianas]», disse o presidente numa conferência de imprensa.

«Decidi a imediata expulsão do embaixador da Colômbia no Equador», anunciou.

O presidente decidiu, diante da gravidade dos acontecimentos, mobilizar tropas para a fronteira com a Colômbia.

Venezuela: milhares de militares na fronteira

Colômbia em crise com os vizinhos

No domingo, Rafael Correa já tinha retirado o embaixador do Equador na Colômbia.

No sábado, tropas colombianas mataram o número dois das FARC, Raul Reyes, e outros 16 guerrilheiros que estavam acampados no Equador.

Rafael Correa disse, no sábado, que o seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, o informou da operação e do ataque, mas percebeu que foi «enganado» quando responsáveis equatorianos se deslocaram ao local bombardeado.

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Equador tem ligações às FARC

Por seu lado o governo da Colômbia instou o governo do presidente de Equador, Rafael Correia, a explicar alegados «compromissos» com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), contidos em material informático de Raul Reyes.

O pedido de explicações foi feito pelo general Oscar Naranjo, director da Polícia Colômbia, numa alocução transmitida em directo pelas televisões venezuelanas, onde deu a conhecer pormenores do conteúdo de dois documentos encontrados nos computadores do número dois das FARC, Raul Reyes, que morreu na sexta-feira, numa operação de militares colombianos, no Equador.

O conteúdo dos documentos são «reveladores e muito graves porque afectam a segurança nacional colombiana e ao mesmo tempo demandarão das autoridades equatorianas respostas que realmente aclarem quais os vínculos das FARC em território equatoriano e os vínculos das FARC particularmente com o governo do presidente (Rafael) Correa», disse.

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Ofereceram ajuda às FARC

Segundo Oscar Naranjo, o emissário de Rafael Correa, o ministro do Interior do Equador, Gustavo Larrea, ofereceu «ajuda na luta das FARC pelo intercâmbio humanitário e saídas políticas» ao conflito colombiano, a câmbio de «um aporte que impulsione a gestão de (Rafael) Correa no tema do intercâmbio que pode ser o filho (Pablo Emilio Moncayo) do professor (Gustavo) Moncayo ou algo que permita dinamizar a seu trabalho político».

«O governo equatoriano comprometeu-se a revezar os comandos policiais e militares nas zonas de presença das FARC, com informações baseadas em relatórios das próprias FARC», disse.

«As perguntas derivadas destes documentos requerem respostas concretas, que mostrem ante a Colômbia e o mundo, qual o estado da relação do governo equatoriano com um grupo terrorista como as FARC, com que razão se produziram entrevistas e contactos pessoais com Raul Reyes», sublinhou o mesmo responsável.

Para as autoridades colombianas «há provas contundentes de que Raul Reyes desenvolveu uma agenda com Equador» e a análise dos documentos informáticos está a mostrar «distintas dimensões desse relacionamento terrorista das FARC com outras personagens, instituições e governos» entre eles do presidente Hugo Chávez e do seu homólogo da Nicarágua, Daniel Ortega.

«À medida que avance o processamento desta informação tornar-se-á público o material contido nos (três) computadores, para que seja do conhecimento da opinião pública nacional e internacional», concluiu.

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