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Venezuela protesta com bonecos enforcados

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Em causa está a reforma constitucional e a escassez de alimentos

Vários bonecos de trapos, parecidos com o presidente Hugo Chávez e enforcados em cordéis, apareceram, hoje, em importantes avenidas das cidades de Caracas e Puerto Ordáz, em protesto pela eventual aprovação da reforma constitucional e pela escassez de alguns produtos alimentares.

Em Caracas os «monigotes» (bonecos de trapos) apareceram pendurados em cordéis, na importante Av. Libertador, que liga o Leste da capital ao centro da cidade, e na Cota Mil, auto-estrada que atravessa Caracas de um extremo a outro, pelo Norte, junto da base da Montanha El Ávila.

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Também em urbanizações como Las Mercedes, El Bosque e Prados del Este, e em diversas pontes, surgiram bonecos semelhantes. A acompanhar os bonecos eram visíveis cartazes com a mensagem «artigo 11» e a pergunta «Zona militar à frente da tua casa?» numa alusão à reforma constitucional.

O artigo em questão prevê que «o Presidente da República poderá decretar Regiões Especiais Militares com fins estratégicos e de defesa, em qualquer parte do território e demais espaços geográficos da República(...)».

Questionavam-se ainda os sucessivos problemas de abastecimento, na Venezuela, de produtos alimentares de primeira necessidade, como o leite, ovos, óleo, feijão preto, açúcar e outros, que o governo diz serem problemas «mediáticos» mas que os jornais, inclusive os afectos ao regime, consideram uma situação grave.

A aparição dos «monigotes» levou a polícia a tomar medidas de segurança e a impedir a aproximação de curiosos, receando que contivessem material tóxico. Na cidade de Puerto Ordáz (1.120 quilómetros a Sudeste de Caracas), os bonecos faziam ainda referência à falta de arroz e eram visíveis em zonas como o Passeio Caroní, a Avenida Atlântico e a Urbanização Alta Vista.

Em 2005, vários bonecos de trapos (esqueletos, fantasmas) apareceram em diversas ruas de Caracas, em protesto pelas políticas do presidente Hugo Chávez. Foram elaborados por um grupo que se identificou como «Câmbio», a quem o Ministério Público abriu um processo judicial. Do grupo fazia parte um luso-descendente que teve que responder em tribunal, onde foi ilibado do delito de rebelião civil.

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