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Clooney dá a cara pelo Darfur

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Os actores norte-americanos George Clooney e Don Cheadle estiveram nos últimos dias no Egipto e na China, com a finalidade de sensibilizar os governos desses países para apoiarem o fim da violência na região sudanesa do Darfur. Hoje, reuniram-se com secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, na sede da organização, em Nova Iorque, onde deram uma conferência de imprensa.

Os actores afirmaram que pretendem colocar a sua visibilidade mediática ao serviço da paz naquela região africana, onde se estima que tenham morrido cerca de 200 mil pessoas, desde 2003.

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«Temos esperança de que a discussão sobre assuntos humanitários se mantenha, esse é o nosso grande objectivo (...). Isto implica que cada pessoa tenha a ousadia suficiente para continuar a falar. São capazes de fazer isso?», desafiou Clooney.

«Há 2,5 milhões de pessoas deslocadas, temos que ficar incomodados e fazer qualquer coisa», explicou também Don Cheadle, protagonista do filme «Hotel Ruanda», que retrata uma situação de conflito, em que as populações civis se tornaram reféns da violência sectária, à semelhança do Darfur.

A violência na região sudanesa tem resistido ao empenho dos actores e muitas organizações não governamentais em resolver uma situação que se tem intensificado, apesar da presença de 7 mil capacetes azuis africanos no país.

Os dois actores foram acompanhados na sua viagem pela atleta queniana Tegla Loroupe, pelo skater norte-americano Joey Cheek, pelo activista dos direitos humanos David Pressman e a antiga secretária de Estado dos EUA Madeleine Albright.

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No passado mês de Abril, Clooney esteve na região africana, acompanhado pelo seu pai, Nick Clooney, jornalista que se tem dedicado ao conflito, onde ouviram pessoalmente histórias de vítimas da violência.

Em Setembro, o actor dirigiu-se ao Conselho de Segurança da ONU, a quem fez um apelo, pedindo uma intervenção urgente para a resolução da situação, que classificou como «genocídio».

O Sudão tem-se escudado na sua soberania para impedir a entrada de mais tropas estrangeiras com a finalidade de proteger as populações civis, apesar das Nações Unidas terem autorizado uma resolução que prevê o envio de 20 mil capacetes azuis para a região.

As visitas à China e ao Egpito tiveram como finalidade sensibilizar estes dois estados, próximos de Cartum, para convencerem o governo sudanês a autorizar a entrada no país de mais forças de manutenção de paz.

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