Oito organizações não-governamentais (ONG) de Hong Kong denunciaram na segunda-feira casos de abuso de mulheres durante os protestos pró-democracia, numa reunião com representantes das Nações Unidas, noticiou hoje a imprensa.
«O direito das mulheres de participar no movimento social é ameaçado pela violência, que é tolerada pela polícia», disse Kwok Kachai da Coligação das Mulheres para Igualdade de Oportunidades e da Associação para o Desenvolvimento do Feminismo, citada pelo «South China Morning Post».
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Os representantes das ONG falaram durante uma apresentação sobre os direitos das mulheres em Hong Kong, num encontro com o Comité para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, em Genebra.
Num relatório intitulado «Vamos espancar-te até à morte com impunidade», a organização lista milhares de casos de cidadãos chineses que sofreram abusos nos últimos cinco anos em centenas de «prisões negras» em Pequim e onze províncias do país.
«Chamamos-lhes prisões negras porque estão longe da vista do público, escondidas ou disfarçadas de hotéis ou fábricas, e porque são ilegais. Ou seja, estão escondidas do público e da lei. Dessa forma, os responsáveis podem cometer torturas e maus-tratos com impunidade», explicou Wendy Lin, coordenadora em Hong Kong da organização, citada pela agência EFE.
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