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Leite contaminado: ex-dirigente de grupo chinês começa a ser julgada

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Chinesa é acusada de produzir e vender produtos «falsos» e incorre numa pena de prisão perpétua ou morte

Tian Wenhua, antiga dirigente do grupo Sanlu, principal produtor envolvido no escândalo de leite contaminado com melamina na China, compareceu esta quarta-feira em tribunal para esclarecer qual o seu envolvimento no caso que afectou cerca de 300 mil crianças.

Aos 66 anos, Tian Wenhua, que dirigia o grupo com sede em Shijiazhuang, cidade do norte da província de Hebei (norte), é agora acusada de produzir e vender produtos «falsos e de qualidade inferior» e incorre numa pena de prisão perpétua ou morte.

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De acordo com a lei chinesa, uma pessoa pode ser condenada à morte se produzir ou vender conscientemente produtos alimentares com substâncias tóxicas não alimentares que provoquem a morte ou sérios problemas de saúde a terceiros.

Além de Tian Wenhua, estão também acusados três antigos altos responsáveis do grupo Sanlu, dos quais um compareceu em tribunal numa cadeira de rodas, estando uma das pernas inactiva após uma tentativa de suicídio, segundo a agência Nova China.

Perante o tribunal de Shijiazhuang, a antiga directora-geral do grupo lácteo Sanlu afirmou ter tido conhecimento das queixas dos consumidores, em Maio, e ter imediatamente criado uma equipa para resolver o problema, segundo a Nova China.

Tian referiu que Sanlu enviou um relatório às autoridades municipais, a 02 de Agosto, adianta a agência.

O grupo Sanlu é acusado de ter ocultado o problema (da melamina) durante vários meses antes de advertir as autoridades locais, as quais, em vésperas dos Jogos Olímpicos, também tardaram a reagir.

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O tribunal não permitiu que assistissem à audiência de hoje os advogados que representam as famílias das vítimas, nem a imprensa estrangeira.

As 22 empresas lácteas implicadas no escândalo do leite adulterado com melamina vão compensar as suas vítimas e criar um fundo especial de compensação, anunciou segunda-feira a associação dos produtos lácteos da China (DAC), no seu site na Internet.

Além de um pagamento a cada uma das famílias das cerca de 300 mil vítimas do leite contaminado com uma substância química, as 22 empresas prevêem assumir os encargos médicos ainda necessários, sublinhou a DAC.

Os pais das 294 mil crianças que adoeceram pela ingestão da substância química, introduzida de forma fraudulenta no leite, devem receber entre 30 mil e 50 mil yuans (entre 3.000 e 5.000 euros), indicou o China Daily, citando uma informação divulgada no fim de semana passado pela revista económica Caijing.

As famílias dos bebés que morreram vão receber 200 mil yuans cada, segundo a mesma fonte.

As autoridades estimam que seis crianças terão «provavelmente» morrido devido ao leite tóxico.

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