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Seria capaz de comer um animal clonado?

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Cientistas americanos dizem não haver diferença e admitem usar produtos de animais clonados na alimentação humana

Cientistas do Governo norte-americano consideraram não haver diferença entre alimentos provenientes de animais clonados e os que têm origem na produção pecuária tradicional, abrindo caminho ao uso de produtos de animais clonados na alimentação humana, escreve a Lusa.

A Food and Drug Administration (FDA), a associação que regula a alimentação e os medicamentos nos Estados Unidos, indicou este mês num jornal científico electrónico que está disposta a aprovar animais clonados para alimentação humana.

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A agência refere ter concluído que «a carne e o leite proveniente de clones e seus descendentes são tão seguros para a alimentação como os produtos correspondentes derivados de animais produzidos através das actuais práticas agrícolas» escreveram os cientistas da FDA Larisa Rudenko e John C. Matheson na introdução do número de Janeiro da revista Theriogenology.

Os cientistas consideram que os clones são «virtualmente indistinguíveis» dos animais produzidos convencionalmente, assim que atingem os seis meses e até aos 18 meses de idade.

A aprovação final de animais clonados na alimentação deverá dar-se dentro de meses e, até lá, a FDA aceitará comentários da população em geral a esta sua avaliação do risco.

A FDA também defende que os alimentos provindos de clones ou derivados não devem sequer conter alguma etiqueta ou aviso especial para avisar os consumidores, escreveram os cientistas.

Em reacção, grupos de consumidores dizem que as etiquetas são obrigatórias, citando inquéritos que indicam que as pessoas se mostram incomodadas com a ideia de alimentos provenientes de animais clonados.

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«Os consumidores vão ter à sua disposição produtos com potenciais problemas e que têm um grande número de questões éticas ligadas, sem alguma etiqueta», disse Joseph Mendelson, responsável legal pelo Centro para a Segurança Alimentar.

Carol Tucker Foreman, directora da política alimentar da Federação Norte-americana de Consumidores, disse que a FDA está a ignorar investigações que mostram que a clonagem resulta em mais mortes e animais deformados que as outras tecnologias reprodutivas.

O processo de clonagem deixa produtores fazer cópias de animais excepcionais, tais como porcos que engordem rapidamente ou vacas que produzam mais leite.

Os EUA aprovaram oficialmente a clonagem de animais domésticos há cinco anos, devido à pressão das grandes companhias alimentares, que temiam que os consumidores pudessem rejeitar o leite e a carne dos animais obtidos por este processo de duplicação.

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