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Vão faltar alimentos na Europa

Ajuda humanitária em risco devido a «bloqueio» de alguns estados-membros

A Federação Europeia dos Bancos Alimentares advertiu que o Programa Europeu de Ajuda Alimentar aos mais Necessitados está «em perigo» nos próximos anos devido ao «bloqueio» de sete Estados-membros da União Europeia, informa a Lusa.

Em comunicado divulgado esta semana, a Federação lembra que o novo projecto de regulamentação do Programa para os anos 2010-2013 foi apresentado por Bruxelas ao Conselho de Ministros da Agricultura dos 27, em Novembro de 2008.

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Contudo, a Federação lamenta que o projecto tenha sido «suspendido» devido à posição de sete Estados-membros (que não especifíca), que alegadamente formaram «uma minoria de bloqueio contra a manutenção do Programa para os anos 2010-2013».

4,3 milhões de pessoas receberam ajuda em 2007

Lembrando dados da Eurostat (que referem que na UE-27 existem 80 milhões de pessoas (16 por cento da população) a viverem abaixo do limiar da pobreza e que esta situação poderá vir a ser agravada pela actual crise económica mundial), a Federação exige que o «projecto de regulamentação seja votado massivamente pelo PE em Março e adoptado pelo Conselho de Ministros da Agricultura».

Segundo números da Federação, foram distribuídas 289 mil toneladas de produtos alimentares a 26 mil associações caritativas em 2007, das quais metade pertence ao Programa Europeu de Ajuda Alimentar aos mais Necessitados.

Estes produtos representam um valor de 610 milhões de euros e chegaram a 4, 3 milhões de beneficiários.

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«Ministro português não bloqueou»

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome disse, esta sexta-feira, esperar que os Estados-membros da UE consigam «ultrapassar o impasse» que está a colocar «em risco» a distribuição de produtos básicos aos mais carenciados nos próximos anos.

Isabel Jonet disse ter «esperança» que os ministros da Agricultura dos 27 «cheguem a um acordo para proteger as pessoas mais carenciadas», que, «agora mais do que nunca, devido à actual crise económica e financeira, precisam de protecção».

Caso o «bloqueio» continue, Isabel Jonet disse ter «receio» de que «muitos produtos essenciais como a massa, o arroz, bolachas e o leite deixem de chegar aos bancos alimentares, também em Portugal, e que as pessoas fiquem mais carenciadas desses produtos».

Isabel Jonet afirmou que a posição de Portugal sobre esta matéria tem sido favorável: «Sei que o ministro português da Agricultura se manifestou favorável na anterior reunião e não tencionava bloquear.»

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome explicou que, após a reforma da Politica Agrícola Comum, deixou de haver, na Europa, «stocks de intervenção». «As matérias-primas para as populações carenciadas passaram a ser adquiridas no mercado mas para isso é preciso aprovar um orçamento do Programa, o que ainda não foi feito para os anos 2010-2013», criticou.

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