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Coreia do Norte detém dois espiões sul-coreanos

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Regime de Kim Jong-un acusa os dois homens de recolher informação confidencial sobre o Estado para os Serviços de Informação de Seul, a troco de «dezenas de milhares de dólares»

A Coreia do Norte anunciou esta sexta-feira a detenção de dois sul-coreanos que acusa de serem «espiões e terroristas» dos serviços secretos de Seul, para os quais recolhiam informação confidencial e realizavam atividades para «destabilizar» o país.

O regime comunista apresentou os dois detidos, identificados com os nomes Kim Kuk-gi e Choe Chun-gil, numa conferência de imprensa em Pyongyang, em que listou os seus inúmeros «crimes» para «danificar a suprema liderança» da Coreia do Norte, informou a agência oficial KCNA.

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Ambos «foram descobertos e detidos enquanto efetuavam trabalhos de espionagem contra a RPDC [República Popular Democrática da Coreia], manipulados pelos Estados Unidos e Coreia do Sul», indicou a agência.

A Coreia do Norte acusa os dois homens de recolher informação confidencial sobre o Estado, o Partido dos Trabalhadores e o Exército Popular para os Serviços de Informação de Seul, a troco de «dezenas de milhares de dólares», além de realizarem diversas atividades para «destabilizar» o regime de Kim Jong-un.

Concretamente, a KCNA assegura que Kim Kuk-gi, de 60 anos, disponibilizou aos Serviços de Informação sul-coreanos informação secreta sobre uma viagem do falecido líder Kim Jong-il em 2009 e criou uma rede de espionagem com base na cidade fronteiriça chinesa de Dandong.

Acusa-o também de «crimes graves» como a «criação e distribuição de exemplares de literatura», CD's e cartões que difamam os líderes da dinastia Kim, assim como «propaganda religiosa com o propósito de destabilizar e destruir a RPDC».

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Choe Chun-gil, de 55 anos, é acusado de recolher informação militar confidencial para entregar às autoridades sul-coreanas, além de outros crimes como introduzir pornografia no país ou construir uma igreja protestante clandestina.

A Coreia do Sul já exigiu a libertação imediata dos dois cidadãos, afirmando que não há qualquer fundamentação para as detenções.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul afirmou que os dois homens estavam detidos sob «acusações infundadas», o que representa uma violação das normas internacionais.

«O Governo exige que a Coreia do Norte liberte imediatamente os nossos cidadãos e os envie de volta», afirmou o porta-voz do ministério, Lim Byeong-Cheol.

No ano passado, a Coreia do Norte condenou um missionário sul-coreano a uma pena perpétua de trabalhos forçados por crimes de espionagem e pelo estabelecimento de uma igreja clandestina.

Coreia do Sul e EUA iniciam exercícios militares de grande escala

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A detenção aconteceu no mesmo dia em que os exércitos sul-coreano e norte-americano iniciaram as manobras militares de desembarque anfíbio em grande escala na costa sudoeste da Coreia do Sul, operação criticada pela vizinha Coreia do Norte.

Os «jogos de guerra» de cinco dias estão integrados nos exercícios anuais conhecidos como Ssangyong – Duplo Dragão – na Coreia do Sul e no Programa de Intercâmbio Marítimo Coreano nos Estados Unidos, que se realizam anualmente nas proximidades da cidade industrial de Pohang.

O Ssangyong está integrado num programa mais vasto que decorre desde 02 de março e vai terminar a 14 de abril de manobras militares entre os dois países e que levam para o terreno 200.000 efetivos sul-coreanos e 3.700 norte-americanos.

Por outro lado, a Coreia do Norte aproveita a oportunidade dos exercícios militares para os apelidar de manobras com vista à invasão do país e ameaça com retaliações que aumentam a tensão na região.  

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