O primeiro-ministro do Reino Unido anunciou esta segunda-feira o regresso a um confinamento total em Inglaterra. A decisão do governo britânico surge na sequência do disparar de casos diários de covid-19, com a última semana a registar mais de 50 mil infeções diárias.
Boris Johnson adiantou ainda que esta decisão está relacionada com a descoberta de uma nova variante do coronavírus que pode ser entre 50% a 70% mais contagiosa, e que tem feito disparar os contágios no país.
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O governante disse que o país está num “momento crítico” e que são necessárias medidas “fortes o suficiente” para travar o avanço da nova variante do coronavírus, considerada mais infecciosa.
O governo está a dar instruções novamente para ficarem em casa. Só podem sair de casa por motivos restritos previstos na lei, como comprar bens essenciais, trabalhar se não o puder fazer de casa, fazer exercício, ter assistência médica, ou escapar a violência doméstica”, anunciou numa comunicação televisiva.
O conselho do governo é claro: "Fiquem em casa e protejam vidas". Como exceção ao confinamento estão previstas cinco situações:
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Relativamente ao funcionamento dos serviços, todas as escolas, incluindo universidades, vão passar ao ensino à distância a partir desta terça-feira.
As pessoas que estejam mais vulneráveis devem permanecer o máximo de tempo em casa, sendo que não devem deslocar-se para o trabalho, mesmo em casos em que não consigam exercer as suas funções em teletrabalho.
Stay at home. Protect the NHS. Save lives. pic.twitter.com/PUN79POzAw
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 4, 2021
Trata-se do confinamento mais agressivo desde março, altura em que toda a Europa adotou medidas para combater o novo coronavírus. É esperado que estas medidas durem pelo menos até meados de fevereiro.
O Reino Unido registou 58.784 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo máximo diário e o sétimo dia consecutivo em que o número diário de casos ultrapassou 50.000, e 407 mortes, para um total de 75.431 mortes desde o início da pandemia.
Nos últimos dias a média diária de casos aumentou 50% e de mortes 21% comparando com os sete dias anteriores.
O Parlamento foi convocado para se reunir extraordinariamente na quarta-feira e aprovar as medidas a nível nacional.
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