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Membros do PP espanhol detidos por alegados favores

Unidade anticorrupção está esta segunda-feira a levar a cabo várias buscas a casas de políticos e empresas

O ex-secretário-geral do Partido Popular (PP) em Madrid, Francisco Granados, e vários empresários e construtores civis foram esta segunda-feira detidos numa megaoperação contra a corrupção que envolve rusgas em empresas e casas particulares.

Francisco Granados, que foi número dois da ex-presidente do Governo regional, Esperanza Aguirre, e destituído do cargo de secretário-geral do PP no final de 2011, está a ser investigado por uma conta com 1,5 milhões de euros. Entre os visados está também o sucessor de Isabel Carrasco -assassinada em maio -, Marcos Martínez. 

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Este domingo, Mariano Rajoy pronunciou-se sobre a corrupção em Espanha, sublinhando que se tratavam de «pequenos incidentes que não definiam o país e os seus 46 milhões de habitantes». Um dia depois das declarações do primeiro-ministro espanhol, 51 pessoas foram detidas por alegada corrupção, incluindo membros do seu partido. 
Além das detenções foram feitos 259 autos e há 400 requerimentos a entidades bancárias e companhias de seguros, com vista a desmascarar alegados casos de corrupção, como o pagamento de dinheiro a troco de favores políticos em Espanha. Em causa estão valores na ordem dos 250 milhões de euros em transações e comissões ilegais.

As detenções e as buscas concentram-se essencialmente em Madrid, Murcia, León e Valencia. 

A operação «Púnica» está a ser levada a cabo pela unidade anticorrupção e fiscal, mas terá começado no exterior, graças à colaboração das autoridades suíças, onde foi depositado grande parte deste dinheiro, de acordo com o «El Mundo».  

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Em 2011, o jornal espanhol noticiou que Francisco Granados possuía uma conta «offshore» na Suíça e, dias depois, o dirigente do PP acabou por deixar o cargo de senador e de membro da assembleia de Madrid. 
Segunda a investigação, os depósitos começaram em 1999, no mesmo ano em que foi eleito Presidente da Câmara de Valdemoro.
O juiz Eloy Velasco, que está a cargo do processo, não descarta a hipótese de haver outros políticos envolvidos.
Fontes jurídicas já adiantaram, no entanto, que não se trata de um esquema para financiamento ilegal de partidos, mas sim de corrupção para «proveito pessoal». Entretanto, o PP já anunciou que vai suspender a militância dos detidos e exigir a sua demissão do partido.

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