Centenas de praticantes católicos, encabeçados por quatro bispos nicaraguenses e pelo núncio apostólico, desfilarem quarta-feira pelas ruas de Esteli contra qualquer tipo de aborto para assinalar o Dia da Criança não Nascida, refere a Lusa.
A manifestação percorreu pouco mais de um quilómetro e culminou com uma missa ao ar livre nos arredores da Catedral de Esteli, 149 quilómetros a Norte de Manágua, onde os católicos rezaram a favor do direito à vida.
PUB
A eucaristia foi oficiada pelo bispo da diocese de Esteli, Juan Abelardo Mata, com a participação do núncio apostólico em Manágua, Henry Josef Nowacki, e outros três bispos nicaraguenses.
Mata disse aos jornalistas que o objectivo da marcha foi transmitir à população uma mensagem a favor da vida e contra a morte.
A Igreja Católica nicaraguense celebrou quarta-feira nas suas diferentes dioceses una jornada de oração para pedir pela vida.
A legislação nicaraguense proíbe qualquer tipo de aborto.
O Parlamento nicaraguense, no contexto da campanha para as eleições presidenciais de 2006, fez-se eco de petições das Igrejas Católica e Evangélica para revogar o aborto terapêutico, realizado em caso de perigo para a vida da mãe, que figurava no Código Penal do país há mais de um século.
A legislação autorizava a prática deste tipo de interrupção da gravidez caso fosse «determinado cientificamente, com pelo menos a intervenção de três médicos, e com o consentimento do cônjuge ou parente mais próximo à mulher, para os fins legais».
PUB
Um grupo de mulheres recorreu desta proibição, por considerá-la inconstitucional, para o Supremo Tribunal de Justiça que ainda não se pronunciou.
Enquanto isto, o director regional da Unicef para a América Latina e as Cariabas, Nils Kastberg, exortou hoje a sociedade dominicana a discutir o aborto, proibido no país.
Kastberg disse que em toda a região há partos ilegais e que criminalizar o aborto só empurra as mulheres para centro ilegais com escassas condições para realizar esta prática.
PUB