Um jornalista da televisão russa foi encontrado morto no seu apartamento em Moscovo na passada sexta-feira com um cinto em torno do pescoço e várias facadas, noticia a CNN.
Horas após o corpo de Ilyas Shurpayev ter sido descoberto, Gadzhi Abashilov, um membro da direcção do canal controlado pelo estado da sua região natal de Dagestan foi morto a tiro por homens não identificados. A polícia procura agora ligações entre as duas mortes.
PUB
Foram assassinados mais de uma dúzia de jornalistas desde 2000 e muitos parecem ter-se tornado alvos devido a tentativas de investigar alegações de corrupção. Raramente se abriram processos, incluindo no assassinato de 2006 em Moscovo de Anna Politkovskaya, uma repórter de investigação que foi aclamada por relatar as atrocidades que vitimaram os civis Chechenos durante a guerra.
Shurpayev trabalhava para o Channel One, uma estação controlada pelo Kremlin. O canal disse que o repórter de 32 anos mudou-se para Moscovo no mês passado, vindo de Dagestan, na região norte do Cáucaso onde ocorrem actos violentos frequentemente. Crimes de ódio contra minorias éticas do Cáucaso e da antiga Ásia Central Soviética são também frequentes em Moscovo.
A porteira do prédio de Shurpayev afirmou que na manhã de sexta-feira o jornalista lhe disse para deixar entrar dois jovens que, segundo ela, pareciam nativos do norte do Cáucaso.
Larisa Krymova, porta-voz do Channel One, disse que os bombeiros encontraram o corpo de Shurpayev após um pequeno incêndio ter sido provocado depois do assassinato. Krymova negou fazer comentários acerca de um possível motivo para a morte do jornalista.
O grupo Reporters Without Borders, pediu às autoridades para por em prática uma «investigação meticulosa considerando todas as hipóteses, incluindo a possibilidade de poder estar ligado ao seu trabalho como jornalista, que é uma profissão muito arriscada na Rússia».
PUB