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Alemanha está sem governo há três meses (o que não acontecia desde 1949)

Mensagem de Natal do presidente pede aos alemães para terem "confiança no Estado"

A Alemanha cumpre, neste domigo, três meses sem governo, situação inédita nos últimos 68 anos.

Depois do fracasso das primeiras conversações para formar uma coligação governamental - entre conservadores, liberais e verdes -, a sociedade alemã assiste com perplexidade à situação política inédita criada em Berlim após as eleições legislativas de setembro passado.

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A União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel venceu as eleições de 24 de setembro, mas sem maioria, tentando desde então negociar uma coligação de governo.

A tentativa de formação de um Governo de coligação a quatro - com os democratas-cristãos de Merkel (CDU), os seus aliados da Baviera CSD, os Liberais e os Ecologistas, viria a fracassar.

Vivemos em tempos em que somos confrontados constantemente com o inesperado. Isso provoca-nos insegurança. Mas há razões para sentirmo-nos seguros”, afirmou hoje o presidente da Alemanha, no seu discurso de Natal, no qual pediu “confiança no Estado”.

Frank-Walter Steinmeier reconheceu, no entanto, que algumas pessoas sofrem com a atual incerteza.

"Nem tudo o que é inesperado nos deve levar à frustração", observou o presidente alemão, figura política com poucos poderes, mas que tem desempenhado neste momento de impasse político um papel importante como mediador entre os partidos.

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“Isto é válido especialmente para a formação do governo, que de uma maneira incomum está a fazer-nos esperar”, prosseguiu Steinmeier.

Foi desta forma que o presidente alemão fez referência ao impasse político que enfrenta atualmente a primeira economia da União Europeia.

Segundo o calendário acordado entre os conservadores e os sociais-democratas alemães, no próximo dia 3 de janeiro vai ocorrer o terceiro encontro informal entre Angela Merkel e Martin Schulz, líder do partido Social-Democrata (SPD).

Está previsto que entre 7 e 10 de janeiro seja realizada a primeira fase de negociações efetivas.

O país é atualmente dirigido por um executivo encarregado de gerir os assuntos correntes, com a chanceler conservadora como líder.

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