Pelo menos 18 líderes europeus, incluindo o Presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, estarão na cerimónia de entrega do Nobel da Paz à União Europeia (UE) no próximo dia 10 de dezembro, em Oslo.
A informação foi hoje divulgada pelo Instituto Nobel, que indicou também que seis dirigentes europeus já declinaram o convite, como é o caso do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
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Contactado pela Lusa, o gabinete do primeiro-ministro português indicou que Pedro Passos Coelho foi convidado para a cerimónia e que tem a intenção de marcar presença no evento, mas que está ainda a tentar conciliar a viagem com a sua agenda.
O Comité Nobel norueguês atribuiu no passado dia 12 de outubro o prémio Nobel da Paz 2012 à UE pelo seu contributo para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos.
«A União e os seus precursores têm contribuído, há mais de seis décadas, para o avanço da paz e da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos na Europa», escreveu na altura o Comité Nobel no comunicado em que anunciou o prémio.
Após a atribuição, considerada como inesperada, o presidente do Conselho Europeu, o belga Herman Van Rompuy, apelou aos 27 Estados-membros da UE, bem como à Croácia, que vai integrar o espaço comunitário em julho de 2013, para marcarem presença na Noruega.
A menos de duas semanas da cerimónia, cerca de dois terços dos estados-membros aceitaram o convite e seis declinaram, indicou o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, acrescentando que a responsabilidade de anunciar a participação no evento cabe a cada país.
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Na quarta-feira, François Hollande anunciou que irá a Oslo, onde irá encontrar-se com Angela Merkel.
«Todos os grandes países da UE disseram que sim, à exceção de um», disse Lundestad, em declarações à agência francesa AFP.
A par de David Cameron, o evento em Oslo não deverá contar com a presença do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, retido em Estocolmo por causa da cerimónia dos outros prémios Nobel, e do Presidente checo, Vaclav Klaus, um reconhecido eurocético.
No dia 10 de dezembro, o Nobel da Paz será entregue a Van Rompuy em conjunto com os presidentes da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, e do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz.
A escolha do Comité Nobel norueguês suscitou polémica, numa altura em que a UE enfrenta uma crise financeira que tem vindo a testar o espírito de solidariedade entre os países ricos do norte da Europa e os estados do sul endividados, submetidos a severos programas de austeridade.
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