A caminho da cimeira do G20, o presidente norte-americano aproveitou para apoiar a luta da líder democrática da Birmânia
Washington tem pressionado por mais mudanças na Birmânia, onde as reformas políticas e económicas iniciadas há dois anos parecem ter parado. O ícone democrático da Birmânia referiu que o país está a passar por uma fase instável, mas que
O presidente norte-americano, Barack Obama, apelou a eleições livres e democráticas na Birmânia, no seu encontro com Aung San Suu Kyi, ícone da oposição no país, esta quinta-feira.
Os dois Nobel da Paz reuniram-se pela segunda vez na residência da líder da Liga Nacional para a Democracia, em Rangum, capital da Birmânia. No final, trocaram um abraço simbólico.
Suu Kyi está impedida de se candidatar à presidência por ter sido casada com um estrangeiro. Um impedimento que, segundo Obama, «não faz sentido», uma vez que se trata de um bloqueio legal herdado da Junta Militar.
A líder da oposição daquele país do sudeste asiático apontou a constituição como o principal impedimento à concretização de eleições legislativas justas em 2015. Muitos defendem que essa lei foi escrita com a líder da oposição em mente.
«Do ponto de vista democrático, não está certo discriminar ninguém em específico», referiu Suu Kyi.
«Há muito trabalho duro por fazer e muitas escolhas difíceis pela frente. O processo de reforma não está completo e muito menos é irreversível», constatou Obama.
«é algo que pode ser negociado com o compromisso, ajuda, e compreensão dos amigos pelo mundo».
«Quando a Birmânia for uma democracia plena, em concordância com a vontade das pessoas, seremos capazes de dizer que entre os amigos que nos ajudaram a chegar aqui, os Estados Unidos estão entre os primeiros», referiu.