A Polícia Nacional angolana apreendeu 3,2 milhões de dólares (2,1 milhões de euros) falsificados na província de Cabinda, norte de Angola, em malas com distintivos falsos da ONU, divulgou hoje a imprensa local, escreve a Lusa.
Nesta operação foram detidos quatro indivíduos, um de nacionalidade angolana e os restantes da República Democrática do Congo, presumíveis falsificadores, revelou o director provincial adjunto da Polícia de Investigação Criminal de Cabinda, intendente Oliveira da Silva, em declarações ao Jornal de Angola. A operação teve lugar no passado fim-de-semana mas só hoje foi divulgada.
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O intendente Oliveira da Silva informou ainda que os detidos tinham como objectivo introduzir de forma faseada os dólares norte-americanos no mercado informal e nos bancos. Segundo o oficial da polícia, o referido valor foi encontrado escondido em três maletas com distintivos falsos das Nações Unidas.
«Utilizando a insígnia da ONU é mais fácil ludibriar as pessoas, pois consegue-se assim dar a entender que o dinheiro provem deste organismo para doações», disse o intendente Oliveira da Silva.
A polícia apreendeu também ao grupo um carimbo com o dizer «Laboratório Internacional de Lavagem», usado em processos do tipo «conto do vigário» de pretensa transformação de notas falsas em dinheiro legal.
Na operação, foi ainda detido um quinto elemento do grupo, que no entanto foi posto em liberdade por falta de provas.
Os cidadãos detidos, que incorrem no crime de falsificação de moeda estrangeira, poderão ser condenados a penas entre os quatro e oito anos de cadeia. De acordo com o intendente Oliveira da Silva, os cidadãos estrangeiros por terem cometido o crime em Angola deverão cumprir a pena no país, onde vivem há mais de dois anos ilegalmente.
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