O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou este sábado que o Presidente dos EUA insultou os veteranos russos e da coligação anti-hitleriana da II Guerra Mundial, ao comparar o nazismo germânico ao comunismo soviético.
«Na semana passada - lê-se numa nota da diplomacia russa hoje divulgada -, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assinou mais uma proclamação sobre o tema dos «povos oprimidos», que apresenta todos os anos com base numa lei aprovada ainda na época da «guerra fria».
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«Desta vez apareceu uma novidade», refere a mesma nota, adiantando que é dado, «de forma completamente clara, um sinal de igualdade entre o nazismo germânico e o comunismo soviético, que agora são interpretados como «um mal único» do século XX».
Segundo a diplomacia russa, «avaliações desse tipo apenas alimentam os esforços dos que, com objectivos políticos, mesquinhos, tentam falsificar os factos e reescrever a história».
«Tudo isso é feito tendo como propósito uma tolerância surpreendente revelada pelos Estados Unidos para com os que, numa série de países europeus, tentam branquear os «seus» lacaios dos nazis», avança o MNE russo, sem citar países concretos.
«É triste que, nas novas realidades do século XXI, continue a existir a velha «guerra fria» nas cabeças das pessoas, e ainda mais quando são usados métodos duvidosos. Isso é um caminho incorrecto», acrescenta o MNE da Rússia.
Moscovo considera que semelhantes comparações são inconsistentes tanto do ponto de vida histórico, como do ponto de vista universal. Embora «condenando os abusos do poder e a dureza injustificada da política interna do regime soviético, não podemos ficar indiferentes às tentativas de igualar o comunismo e o nazismo, nem concordar que tinham forças motoras, intenções e objectivos iguais», afirma-se no comunicado.
«Os factos históricos testemunham indubitavelmente que foi precisamente a URSS que deu o contributo decisivo para a vitória sobre o fascismo germânico. Foi precisamente graças à União Soviética, ao feito heróico militar e laboral dos soviéticos que a Europa foi salva da ocupação e da escravidão nazis. A memória disso deve ser eternamente conservada nos corações dos descendentes agradecidos», conclui a diplomacia russa.
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