Depois de ter dito na segunda-feira que os EUA deveriam barrar a entrada a muçulmanos, Donald Trump defendeu novamente a posição polémica, esta terça-feira, afirmando que a medida visa evitar que os estados norte-americanos se “radicalizem” como acontece em alguns bairros de Londres e Paris, onde a polícia “se recusa a entrar”.
O candidato à presidência dos EUA respondeu às críticas, depois dos comentários polémicos de segunda-feira, catalogados como “divisionistas e inúteis” por David Cameron.
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Sky News“Vejam o que aconteceu em Paris, a carnificina horrível, e, francamente, se olharmos para Paris… e eu odeio fazer isto porque a Câmara de Comércio vai enlouquecer, mas Paris já não é a mesma cidade que era. Há zonas em Paris que foram radicalizadas e onde a polícia se recusa a entrar. Estão petrificados. Há sítios em Londres e outros locais que estão tão radicalizados que os agentes da polícia temem pelas suas vidas. Temos de ser muito inteligentes e vigilantes”
“Normalmente não dignificaríamos este tipo de comentários com uma resposta. Contudo, nesta ocasião pensamos que é importante esclarecermos aos londrinos que o Sr. Trump não podia estar mais enganado. Qualquer candidato à presidência dos EUA é bem-vindo a receber um briefing sobre a realidade da polícia em Londres”
“Como cidade em que mais de 300 línguas são faladas, Londres tem orgulho na sua história de tolerância e de diversidade e sugerir que há áreas onde os agentes da polícia não podem ir, por causa da radicalização, é simplesmente ridículo. A única razão para eu não ir a algumas partes de Nova Iorque é o risco real de encontrar Donald Trump”
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Yvette Cooper, do Partido Trabalhista, apelidou-o de “islamofóbico” e “ignorante”, acrescentando que “pode gostar de chocar, mas isto não é um jogo". "É irresponsável e perigoso.”
Já a política escocesa Ruth Davidson citou Shakespeare, no Twitter, para lhe chamar “idiota”.
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