Duas mulheres, uma moçambicana e outra sul-africana, foram detidas no aeroporto internacional de Maputo por transportarem droga, alegadamente proveniente do Brasil, em voos da companhia aérea portuguesa TAP, anunciou esta terça-feira a polícia moçambicana.
De acordo com o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, citado pela agência Lusa, a cidadã sul-africana tinha em seu poder 64 ampolas de cocaína.
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«Esta mulher vinha do Brasil e foi detida quando acabava de desembarcar de um avião da TAP», disse o porta-voz da PRM ao apresentar aos jornalistas o balanço sobre criminalidade no país durante a semana passada.
A jovem moçambicana, também vinda do Brasil a bordo de um avião da TAP, foi detida no aeroporto com 3,65 quilos de cocaína no estômago.
Os dois casos foram já encaminhados para o tribunal e as duas mulheres aguardam julgamento, indicou Pedro Cossa.
O porta-voz da polícia garantiu que prosseguem investigações para apurar os proprietários das drogas, contudo, as autoridades policiais moçambicanas admitem ser difícil encontrar os verdadeiros mandantes destes negócios.
«As pessoas encontradas com este tipo de produto não são donas, são usadas como 'mulas', carregadoras da droga. Por vezes nem conhecem quem são os donos. São utilizadas e ganham comissões e não chegam a conhecer quem é o dono, nem a proveniência ou destino destes produtos», disse Cossa.
Mais de 50 mulheres de várias nacionalidades usadas como «correios de drogas» foram detidas no ano passado após escalarem o território moçambicano, que tem sido usado como corredor de droga com origem nomeadamente da América do Sul.
«Continuamos atentos a todos os voos internacionais e acreditamos que vamos deter todos os transportadores da droga ainda no aeroporto», concluiu o porta-voz.
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