O marido da auxiliar de enfermagem infetada com o vírus do ébola, o primeiro caso de contágio na Europa, garante que a sua mulher nunca suspeitou que pudesse estar infetada, ou que algum protocolo tivesse sido quebrado. No entanto, o tipo de fatos utilizados pelos profissionais de saúde que contataram com os doentes infetados pode estar na origem da falha de segurança.
Em entrevista ao jornal «El Mundo», Javier Limón Romero garantiu que Teresa Ramos «fez tudo o que lhe disseram» e nunca mostrou preocupações em relação ao vírus.
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«Ela fez tudo o que lhe disseram, nunca disse nada, voltava para casa normal e em nenhum momento teve nenhuma preocupação com nada», afirmou.
Romero diz que a auxiliar nunca fez nada incorreto durante o tratamento ao missionário espanhol infetado, de onde se presume que tenha partido o contágio. «Ela trabalhou normalmente, seguiu todos os protocolos», assegurou o marido.
Javier está internado numa ala diferente da sua esposa e diz sentir-se «bem, dentro da gravidade [da situação]», e explica que com a sua mulher o tratamento está a «evoluir favoravelmente», uma vez que a auxiliar está a «receber plaquetas de uma pessoa que se curou» (a freira Paciencia Melgar Ronda).
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A Comissão Europeia já pediu explicações a Madrid sobre o caso da cidadã espanhola e aguarda que o ministério espanhol da Saúde esclareça as circunstâncias e as possíveis falhas no sistema sanitário.
O contágio da auxiliar é o tema de uma reunião extraordinária por vídeo-conferência marcada para esta quarta-feira pelo Comité de Segurança Sanitária da União Europeia que vai reúnir peritos de saúde pública dos 28 estados membros e da organização mundial de saúde
Esta terça-feira ficou a conhecer-se, também, que uma médica norueguesa ao serviço dos Médicos Sem Fronteiras, na Serra Leoa, também está infetada com o vírus Ébola e já foi repatriada para Oslo, onde vai receber tratamento.
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