Manifestantes que protestavam, esta quarta-feira, contra o acordo assinado entre o governo grego e os credores europeus, envolveram-se em confrontos com a polícia em frente ao parlamento, em Atenas.
Os manifestantes arremessaram "cocktails molotov" contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogénio para dispersar a multidão.
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Segundo informações da polícia, pelo menos seis pessoas ficaram feridas nos confrontos.
Os confrontos passaram depois para o parque Zappeion, onde uma carrinha de direto de uma equipa de televisão e vários caixotes do lixo foram incendiados por elementos do protesto.
Como indicou o jornalista da TVI no local, José Carlos Araújo, a manifestação foi pacífica até à chegada à praça Syntagma.
Segundo a agência Reuters, pelo menos 50 pessoas foram detidas por envolvimento nos confrontos.
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Os protestos violentos, com confrontos com a polícia, antes comuns, têm sido raros desde que o governo liderado pelo Syriza tomou posse, em janeiro.
A manifestação (pacífica) "anti-austeridade" tinha como objetivo influenciar a votação de hoje dos deputados sobre o acordo com os credores europeus.
O parlamento grego está reunido há longas horas a tentar aprovar o plano aceite por Alexis Tsipras, mas o sistema político grego está partido, já que a maioria do comité central do Syriza assinou um documento que classifica o acordo como um “golpe de Estado” contra a Grécia.
Se for aprovado o pacote de medidas urgentes, Tsipras terá mais votos dos partidos da oposição do que do seu próprio partido.
O primeiro-ministro grego disse ontem, numa entrevista ao canal do Estado, que não acreditava no acordo que assinou, e desafiou os políticos gregos a apresentar uma alternativa. Porém Tsipras disse que ia implementar o acordo nos próximos quatro anos.
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