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Varoufakis: se Grécia for obrigada a sair do euro, Portugal é a seguir

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Ministro grego das Finanças alerta para a fragilidade da moeda única. «É como um castelo de cartas. Se tirar o cartão grego, os outros vão entrar em colapso»

O que Varoufakis pretende é uma negociação do reembolso da dívida. Pensa não só no caso grego, mas alerta que outros países não serem capazes de pagar a sua dívida com as atuais condições. Por isso, a zona do euro enfrenta um risco de fragmentação e «desconstrução», a menos que essa renegociação se concretize, cita a Reuters: O ministro grego argumenta que os problemas da dívida da Grécia devem ser resolvidos, como parte de uma rejeição das políticas de austeridade para a zona do euro como um todo. Pediu um «new deal», através de um programa de investimento financiado pelo Banco Europeu de Investimento. Estas declarações provocaram uma resposta do ministro italiano da Economia, Pier Carlo Padoan, que utilizou o Twitter para reagir, assegurando que a dívida italiana é «sólida e sustentável». E foi mais longe, ao dizer que as declarações de Varoufakis estão «fora de contexto». O que Itália se compromete é, sim, a trabalhar para uma solução europeia para os problemas da Grécia, o que exige «confiança mútua». O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, apelou entretanto a um «financiamento seguro» para a Grécia, embora em conformidade com as «normas europeias», enquanto o novo governo de Atenas prossegue as medidas antiausteridade.

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«Amputar a Grécia da Europa é muito perigoso». O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, alerta que o «castelo de cartas» pode ruir, equacionando Portugal como a próxima vítima, numa entrevista à televisão italiana RAI rede de televisão, que não foi bem recebida em Itália.

«O euro é frágil, é como construir um castelo de cartas: se tirar a carta grego, os outros vão entrar em colapso»

«Gostaria de avisar quem está a pensar estrategicamente amputar a Grécia da Europa, isso é muito perigoso». «Quem será o próximo depois de nós? Portugal? O que vai acontecer quando a Itália descobrir que é impossível manter-se dentro da camisa de força da austeridade?»

Depois da visita de Varoufakis e do seu primeiro-ministro Alexis Tsipras a Itália, na semana passada, de quem receberam palavras amigáveis, não conseguiram, contudo, apoio oficial para renegociação da dívida também dos seus homólogos italianos (a dívida italiana é a segunda maior da zona euro, precisamente a seguir à da Grécia). Mas o ministro grego garantiu que, nos bastidores, as coisas são diferentes. Alegou que as autoridades italianas «apoiam» a Grécia, mas estão com medo:

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«Não podem dizer a verdade porque a Itália também corre o risco de falência e tem medo da reação da Alemanha». «A situação da dívida da Itália é insustentável»

«Temos de assegurar o financiamento para que a Grécia não fique à mercê de uma situação de pânico dos mercados, mas não podemos simplesmente dizer ‘nós financiamos», disse o ministro à chegada a Istambul para uma reunião com os seus homólogos do G20 (grupo das 19 economias mais avançadas + União Europeia), defendendo que «o pedido (de um apoio à Grécia) deve respeitar as regras europeias».

O governo grego apresentou o seu programa no domingo, no Parlamento, com o primeiro-ministro Alexis Tsipras a anunciar a criação de um programa de ajuda social aos que foram mais afetados pela crise no país e a recontratação dos trabalhadores da função pública que foram despedidos. Entre outras medidas, Atenas comunicou, ainda, que  vai exigir à Alemanha indemnizações da II Guerra Mundial.

 

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